Ao reler o inquérito que o Marquês de Pombal mandou efectuar a seguir ao terramoto, na parte referente a Idanha-a-Velha, aparece-me esta frase a dado ponto, reveladora da existência de uma pequena comunidade estranha: "Ao presente se acha apenas com vinte moradores ou fogos: cinquenta e três pessoas de sacramento e dezassete que o não são". Deste excerto podemos tirar duas ilações.
1 - A população de Idanha-a-Velha no século XVIII (1758) ainda era mais reduzida que na actualidade, apenas 70 pessoas;
2 - Cerca de um terço dessa gente não eram pessoas de sacramento, o que quereria dizer que não estavam baptizadas.
Quem seriam seriam essas pessoas sem sacramento? Seriam crianças pequenas a quem ainda não tinha sido administrado o sacramento? Acho um número muito elevado. Então seriam mouriscos? Também não nos parece. Quanto a nós seriam quase de certeza judeus ou cripto-judeus. Lembrem-mo-nos que ainda hoje toda a zona está impregnada de memórias desse povo. O isolamento daria alguma liberdade de movimentos a esta gente. É esta a proposta de trabalho que apresento para explicar o excerto das Memórias Paroquiais.
1 - A população de Idanha-a-Velha no século XVIII (1758) ainda era mais reduzida que na actualidade, apenas 70 pessoas;
2 - Cerca de um terço dessa gente não eram pessoas de sacramento, o que quereria dizer que não estavam baptizadas.
Quem seriam seriam essas pessoas sem sacramento? Seriam crianças pequenas a quem ainda não tinha sido administrado o sacramento? Acho um número muito elevado. Então seriam mouriscos? Também não nos parece. Quanto a nós seriam quase de certeza judeus ou cripto-judeus. Lembrem-mo-nos que ainda hoje toda a zona está impregnada de memórias desse povo. O isolamento daria alguma liberdade de movimentos a esta gente. É esta a proposta de trabalho que apresento para explicar o excerto das Memórias Paroquiais.