O Sr. arquitecto José Afonso, diligente director do extinto IPPAR, dá hoje uma entrevista ao Diário XXI a propósito do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios. Vale a pena passar os olhos sobre estas páginas pois ficamos inteirados de vez sobre qual é o posicionamento doutrinário do Sr. arquitecto no respeitante a conceitos e filosofias do património. Li três vezes a peça. Confirmei os nomes e as datas: Estamos mesmo no dia 18 de Abril de 2007, Hemisfério norte, Europa, Portugal e a entrevista é ao Sr. arquitecto José Afonso. As respostas. Bom. Aceitam-se. Afinal o ex-ippar está em gestão corrente, logo desculpam-se estas coisas. E ficámos sempre a saber do futuro do arquitecto que se assume como pai da preservação do património da BI e promete continuar a lutar pela causa. Não duvidamos.
- Caso seja convidado, está disponível para continuar o trabalho à frente da futura delegação?
– Estou na direcção regional do IPPAR de Castelo Branco desde a fundação e é quase uma «filha» para mim. Ao longo da minha vida profissional na função pública sempre me dediquei com enorme paixão. Continuarei a bater-me pela causa do património, não obstante o cargo que ocupe.
-Está a fugir à questão?
– Limito-me a dizer o que, de momento, me parece mais indicado.
Depois o outro é que era dado a tabus. Para a próxima vez que estiver com ele, juro que lhe vou perguntar duas coisas: O porquê da sua visão economicista do património que é muito discutível e exagerada. Carros são carros. E o património não são só pedras. E como é que a A 23 é o eixo patrimonialista do território? Entre as cidades e o resto do território há mais rotas para além dessa ou não?