Boa Passagem de Ano
Auspicios - Omens
Esboço inspirado numa música de Dave Mattwews Band.
Bom ano Novo
Rough sketch inspired in a Dave Mattwews Band music.
Happy New Year
NM3 - Mesinha de Cabeçeira
Aqui está a novissíma bd, com estória do Marte, Nação Mutante 3. Cortesia da Associção Chili Com Carne para a última edição do Mesinha de Cabeçeira.
Um Bom Natal para todos.
Here it is the brand new story, Mutant Nation 3, with story by Marte. Courtesy of Chili Com Carne Association for the latest edition of Mesinha De Cabeçeira.
A Merry Christmas for everyone.
P.S.: Sorry, no subtitles in English...
UM FELIZ NATAL
A TODOS OS LEITORES E COLABORADORES
UM FELIZ NATAL
COM MUITA PAZ E SAÚDE
Nossa Senhora da Graça.
1ª metade do século XVI
Óleo sobre madeira de castanho recuperarado e restauraudo pela Câmara Municipal de Idanha-a-Nova no presente ano
Igreja matriz do Rosmaninhal , Concelho de Idanha-a-Nova
Viriato, outra vez
Se ao menos os cultores das ‘viriatadas’, das 'templaradas', dos pseudo-folclores históricos e de outras artes afins tivessem passado os olhos sobre o ‘clássico’ Viriato de Adolf Schulten outro seria, decerto, o seu pensar. Mas não. O que é importante para a nossa economia raiana são as promoções das anacronias culturais desde que se façam acompanhar pelo toque dos adufes. Pensar e reflectir? Está quieto que não conheço.
Viriato, novamente
Nesta ‘estória’ dos viriatos e dos localismos é mais do que justo referenciar o, a todos os níveis excelente ensaio, 'Viriato' do Prof. Paulo Farmhouse Alberto saído, em 1996, na editora Inquérito. Está lá tudo o que se conhece e cientificamente se reconhece sobre este assunto. Os textos posteriores, com efeito, pouco ou nada acrescentam. O livrinho, enquadrado na colecção Vultos da Antiguidade, possui outra importante valência : é uma edição barata.
Viriato
Acaba de aparecer nos escaparates das livrarias das grandes cidades, infelizmente o concelho onde resido e trabalho não oferece qualquer coisa digna desse nome, a obra Viriato, o herói que lutou pela liberdade do seu povo do Prof. Maurício Pastor Munõz Conhecíamos o título Viriato, A luta pela liberdade da editora Ésquilo de 2003 que lemos com atenção. No número de dezembro da revista História publicou-se uma pertinente entrevista-recensão ao emérito autor realizada por Cristina Portela com o título “Um mito (sempre) renovado”. Encontramo-nos com efeito diante de um mito. Um mito antigo é certo mas um mito. Daí todos os avisos e todas as cautelas, reveladores da sua honestidade intelectual, expressados pelo autor: «Hoje em dia não poderíamos fazer uma história de Viriato sem ter em conta esta personagem mitológica. Porque Viriato converteu-se numa lenda, para os portugueses e para os espanhóis. (...) Temos de mesclar lenda e realidade, afirma o historiador. «Uma lenda aproveitada politicamente em toda a Península Ibérica, tanto por Salazar quanto por Franco, para incentivar um certo nacionalismo.» Nacionalismo de tão má memória acrescentamos nós. Por cá, continua a haver alguns doutos pesquisadores e reprodutores da ‘pátria’ lusitana cuja capital, claro, foi Idanha-a-Velha e cujos horizontes eram os da campina raiana. Depois do bucolismo turístico faltava o histórico para a imagem da nossa identidade local ficar completa. Olhem o caso de Monsanto onde “O original povoado fortificado pré-histórico foi cercado e reforçado pelo Pretor Romano Emílio Paulo no século II a.C.”., como vem escrito em tantos e sábios guias de visita. E digam lá que não
PS - Para o STALKER e para a arqueóloga e respectivas ajudantes do município albicastrense : Sabiam que há uma referência na página 47 do livro “Viriato . A luta pela liberdade” ao meu monte de S. Martinho? Ei-la: “ No distrito de Castelo branco, destaca-se o castro de São Martinho que acabou por ser completamente romanizado, situado numa excelente posição estratégica, onde se encontraram restos cerâmicos e estelas decoradas”. Se calhar na próxima edição e tendo em consideração o total abandono deste arqueossítio o texto será o seguinte: onde se lê que acabou por ser completamente romanizado” leia-se “que acabou por ser completamente urbanizado e betonado”. A este assunto voltaremos.
Uma questão de óptica
Desculpem a presunção. Mas presunção e água benta cada qual toma a que quer. Lendo, com a devida atenção, a entrevista ao senhor Presidente da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, engenheiro Álvaro Cachucho Rocha publicada na revista “Viver” deparei com um homónimo até hoje desconhecido. Ao dissertar sobre o seu curriculum técnico e a sua experiência agrícola dos cafezais de Uíge até às campinas da Idanha e sobre a sua ascensão política desde as eleições de 1979 que foi eleito vereador , com saídas e retornos, até ao seu saliente e activo papel como responsável “pelo lançamento e organização da Feira Raiana (p.5)” durante «o reinado de boa memória” de 1994 (não não, meus amigos, isto ainda é uma república) ) afirma o nosso Presidente: “Em 1997 o Joaquim Morão foi-se embora e as eleições foram ganhas pelo Dr. JOAQUIM BATISTA.” Não sabia. Penso que as eleições desse ano foram sim ganhas pelo Dr. FRANCISCO BATISTA. Pois bem. Publicamente declaro que nunca fui nem penso vir a ser candidato à Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, mas também ainda não sou licenciado. Foi uma gralha dirão. Ele há ‘gralhas’ levadas do diabo...
Documentos avulsos
Reproduzimos o rosto do “Regulamento do imposto sobre apascentação de cabras” da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova do ano de 1929. Foi aprovado em sessão ordinária da Comissão Administrativa Municipal a 4 de Dezembro que tinha como Presidente José Castel-Branco e como vereadores António Simões Fernandes, António Torres Campos e António Maria Cunha. Foram tempos muito difíceis e cruéis para a maioria da população que sobrevivia de magros sustentos conseguidos com muito esforço, numa ruralidade controlada e dominada pelos senhores da terra. O documento das cabras é formado por 10 artigos. Através da sua leitura percebemos o peso e controlo exercido pela Ex.ª Senhora Câmara sobre a circulação dos caprinos no território: eram só punições, coimas e apreensões. O negócio do gado já era outra história. Lê-se no artigo 5º: “Aos negociantes de gado caprino será permitido um contracto de avença com a Câmara (...) Curiosa esta ‘antiguidade’ dos contratos de avença com as Câmaras. Só que hoje em dia não são negociantes de gado.
Revista Viver
Acaba de nos chegar às mãos o número 3 da revista “Viver - com o subtítulo vidas e veredas da raia”, editada pela Adraces – Associação para o Desenvolvimento da Raia Centro-Sul. A edição tem como grande tema: Associações e associativismos da Bis. BIS é a sigla da Beira Interior-Sul geografia da qual o meu concelho de residência e o meu concelho de nascimento fazem parte. São 49 paginas muito ecléticas quanto aos seus conteúdos. Os conhecimentos expressados, as problemáticas e os factos transmitidos e analisados variam muito de autor para autor. Os textos do Profs. Domingos Santos do IPCB e o de José Portela da UTAD destacam-se do conjunto das prestações. Voltaremos, em breve, a esta revista que entre outras curiosidades deu a conhecer ao grande público algumas facetas teóricas, conceptuais e vivenciais dos nossos dirigentes associativos e políticos locais até agora desconhecidas. Dominadas pelo Eixo 3 de Bruxelas, pelo Leader + e pelo Ministério da Agricultura do Desenvolvimento Rural e das Pescas que a subsidiam, estas veredas de papel profusamente ilustrado, importantíssimo fórum de debate do nosso futuro raiano, iluminaram não só um caçador de elefantes e de leões africanos o “Leão da Idanha” (sic) como confirmaram que, e passo a citar, «Nenhum recanto da Beira Baixa representa mais ao vivo a ancestralidade do povo lusitano que esta região raiana». Onde é que eu já li isto?
Marcas mágico-religiosas: um património gráfico a defender
Numa edição do Polis Guarda, registamos o livro “Marcas –Mágico religiosas no Centro Histórico”. A obra apresenta os resultados da inventariação destas peculiares representações gráficas ainda hoje detectáveis nas ombreiras e nos vãos do edificado egeditano histórico. Trata-se, como aqui já foi abordado, de um fenómeno cultural comum a toda a faixa interior ibérica à volta do qual temos vindo a assistir ao surgimento de um campo teórico ainda muito incipiente. Ainda que as figuras cruciformes sejam anteriores a Jesus Cristo e já também conhecidas no mundo vetero-testamentário, foi o Cristianismo que afirmou a cruz como símbolo identificador da Nova Religião.
Assim, a marcação de uma cruz num determinado local pode ser compreendida como um elemento que reforça a cristianização desse espaço. É igualmente possível que o hábito da marcação de cruzes, sobretudo nas ombreiras das portas, independentemente da intenção de quem as lá colocou, seja um ritual de carácter mágico-religioso. A gravação de cruciformes atesta-se não só em espaços domésticos como também em lugares de forte sociabilidade. O símbolo cristão, e suas variantes esteve bem presente em todos o tecidos materiais das aldeias e cidades da Beira dita interior
Apesar da existência de cruzes gravadas em ombreiras de portas nas zonas históricas das comunidades urbanas e rurais constituir um dado adquirido e facilmente constatável, a história deste tipo de representações em tecidos consolidados constitui um campo de estudo ainda pouco desenvolvido em Portugal. O quadro do conhecimento das distintas realidades regionais é fragmentado, detectando-se inúmeros territórios por prospectar e inventariar. Por outro lado, a problematização deste campo simbólico tem sido amplamente alargado a partir dos estudos levados a cabo por Carmen Balesteros, persistindo, contudo, todo um conjunto de interrogações quanto a uma compreensão cabal das razões destas práticas epigráficas nos vãos das unidades domésticas.
No distrito de Castelo Branco, a primeira apreensão desta realidade cultural data do princípio do século XX e ficou a dever-se a Francisco Tavares Proença Júnior, patrono da Arqueologia da Beira Baixa. Na década de oitenta, o estudo e inventariação dos cruciformes albicastrenses foi relançado por mim a partir do conjunto das representações existentes na zona histórica de Castelo Branco, pioneiro trabalho agora em fase de reavaliação em colaboração com uma equipa de historiadores e de fotógrafos locais. Os resultados serão aqui editados a partir de Janeiro e no Blog O Albicastrense do meu amigo Veríssimo Bispo. No concelho do Fundão, este domínio patrimonial tem merecido a devida atenção e consequente valorização através dos trabalhos desenvolvidos pela equipa do seu GTL coordeando pela arquitecta Ana Cunha e pelo historiador Pedro Miguel Salvado, nomeadamente: “Um olhar com luz - Elementos cruciformes da zona antiga, Câmara Municipal do Fundão, 2005 Nos outros concelhos o assunto ainda não foi alvo de estudo apesar dos apelos nesse sentido do senhor arquitecto José Afonso, presidente da delegação de Castelo Branco da ordem dos Arquitectos. Estes grupos simbólico-gráficos assumem-se como uma importante matriz da identidade histórica das nossas comunidades, impondo-se por isso a sua inventariação e divulgação junto das populações como primeiro passo tendente à sua salvaguarda futura. É a tudo isto que os textos da historiadora Carmen Ballesteros e do arquitecto António Saraiva aludem. Quanto à relação entre “práticas judaicas” e este fenómeno gráfico fazemos nossas as palavras do arquitecto “Casual ou intencional?! Serão concerteza questões para reflectir...” Reflictam muito é o meu sincero desejo. e parabéns à Guarda por mais esta valiosa contribuição para a nossa bibliografia regional.
O sorriso da mulher monsantina
Separadas por algumas décadas reproduzem-se duas representações da mulher monsantina, se é que isso culturalmente existe. Na fotografia tirada em 1938, atente-se na legenda, tão ao sabor da ideologia cultural da época: “ O sorriso da bondade monsantina- símbolo nobre da mulher portuguesa”. Nem mais, nem menos. A outra é de autoria do ‘design’ José Luís Madeira e ilustra o livro. “Percursos..., de autoria do Dr. Artur Corte-Real e do senhor Arquitecto Carlos Figueiredo, editado em 1995. A obra foi um produto de divulgação turística da localidade resultante da renovação efectuada na aldeia ao abrigo do programa das Aldeias Históricas de Portugal. Encontramos aí descrições como estas: «Hoje, o Castelo, com todo o imenso Património que sustenta, oferece aos visitantes memórias e ambientes de um passado glorioso. Homens gritaram vitórias, choraram derrotas.» ou esta outra: «Hoje a Vila de Monsanto vive num ambiente de pacatez de uma aldeia da Beira Baixa, num quotidiano singelo. Quem a visita, testemunha um quadro vivo aparentemente imutável....”. Pelo lido de imutável ficaram as metáforas dos textos e essa da Beira Baixa, que administrativamente já não existe desde a reforma de Marcelo Caetano. O sorriso de 1938 realmente, esse foi mutável. Envelheceu.
PS- A fotografia ilustrou o número de abril de 1939, dedicado a Monsanto da revista Turismo. Em 1998, a revista Raia de Castelo Branco, produziu, uma edição fac-similada da revista com um texto de enquadramento de autoria de Pedro Miguel Salvado com o título: “Monsanto-Monte santo?”. Infelizmente tanto o original como a cópia encontram-se esgotados. Prova da mutabilidade do tempo, neste caso do tempo do papel.
A Pré-história do desenho arqueológico
Sabem o que é isto? É o desenho conhecido mais antigo de uma sepultura escavada na rocha de Monsanto. Foi realizado a 28 de Abril de 1798 pelo Barão Von Wiederhold que acompanhou sua magestade Chistian, Príncipe de Waldeck, numa penosa viagem pela província da Beira. Agradeço ao meu amigo Pedro Salvado o ter-me comunicado esta interessante achega da história da arqueologia regional. Em breve voltaremos a debruçar-nos (eu, o Pedro e a amiga Ana Sá) sobre este primeiro “turista” das terras da Idanha.
Mais um equipamento cultural inaugurado no Fundão
Foi, no passado sábado, inaugurada no Fundão, pelo Presidente da República, a ‘Moagem: Cidade do Engenho e das Artes’.
Damos os parabéns ao município do Fundão, na pessoa do Dr. Manuel Frexes, fazendo votos para que este equipamento se assuma cada vez mais como um elemento muito activo e determinante no futuro da cultura da nossa região. A nova “moagem” está magnifica. Foi uma reabilitação cuidada conjugando a memória do edifício que foi uma antiga fábrica com as refuncionalizações contemporâneas dos espaços primitivos. Espaços agora vocacionadas para as Artes. Lá para Maio-Junho, do próximo ano, abrirá o núcleo museológico definitivo, componente que promete pelos elementos que já são visitáveis e que já se encontram expostos. O título da pequena mostra “A presença dos Ausentes” referindo-se aos antigos operários e às suas histórias de vida revela um rumo sentido, original e correcto. Na patrimonialização da moagem, aturado trabalho de uma equipa, as pessoas não são entendidas como coisas... Às vezes, as ‘pequenas’ comunidades dão lições às grandes. É o caso. De elefantes culturais às riscas (para não serem sempre brancos) estamos nós fartinhos. E como sabem, não é espécie em vias de extinção nestas terras raianas
Exposição de Costa Camelo
Como este período do ano é propício à circulação das pessoas pelo nosso interior, reencontrando raízes familiares e culturais, seja-me permitido indicar a visita à Exposição de Costa Camelo, patente na Casa do Bispo, àqueles que parem em Castelo Branco e visitem a minha cidade. Esta afectividade pelo pintor Costa Camelo é justificada, em primeiro lugar, porque foi através da sua obra que tive os primeiros contactos com as expressões artísticas contemporâneas quando era funcionário no Museu de Francisco Tavares Proença Júnior. Com efeito, a introdução neste Museu de linguagens contemporâneas, nomeadamente a realização periódica de exposições nacionais e internacionais de arte comtemporânea, não é nada de novo. Inclusive esteve prevista, já com projecto arquitectónico e tudo, a construção de uma Galeria de Arte Contemporânea projecto idealizado (de borla para o Estado note-se) pelo arquitecto-pintor Noronha da Costa. Infelizmente, os desígnios do poder em relação ao Museu foram outros. Perdeu-se uma oportunidade de recuperar o atraso mas os bordados dariam mais dinheiro...
Voltemos ao covilhanense, e albicastrense por adopção, Costa Camelo. O nome significará pouco mas ficam a saber que estamos diante de um dos melhores pintores contemporâneos, senhor de um extraordinário e original percurso criativo, validado pelos melhores críticos europeus. Quando passamos a vida a falar de identidade regional é uma pena que esta componente., a dos autores e dos pintores oriundos da nossa região, sejam ignorada e esquecida. É mais fácil continuar a falar e a reproduzir aqueles saudosos tempos em que o povo, com os seus trajes típicos, trabalhava a cantar, numa envolvência de miséria. Que felicidade! Que magníficas e tão puras tradições a preservar!
Lendas do rei Wamba
Numa edição da Ulmeiro (Julho de 2005), saiu a lume “Vila Velha de Ródão. História e Lenda do Rei Vamba” de José Fortunato, ilustrado por João Sena. Trata-se da releitura e da reapresentação de uma das ancestrais lendas do rei visigodo, neste caso, aquela que faz parte do rico património oral rodense. Uma lenda que se imbricou tanto na paisagem do local que se associa, ainda nos nosso dias, à primitiva fortaleza templária de Ródão, comunmente designada por Castelo do rei Vamba.
Infelizmente, não contando com a tentativa falhada das Lendas e Segredos das Aldeias Históricas de Portugal, de Ana Maria Magalhães e de Isabel Alçada, editada pela Comissão de Coordenação da Região Centro, as potencialidades pedagógicas e culturais do fundo lendário de Idanha-a-Velha ainda não foram exploradas. Deve ser pelo perigo que pode representar a componente de verdade de uma lenda... Vamba era agricultor e também migrou para a cidade grande. Vão-se as gentes, vêem os turistas e isso é que interessa.
Qual imaginário colectivo qual quê? O turismo e o folclore é que são o futuro dos por cá ficaram. Este livro é um bom presente de Natal para as nossas crianças.
No seu 1º número não aludia à freguesia de Idanha-a-Velha nem ao seu património, mas ao longo dos seus 33 anos de vida muitas foram as ocasiões em que a velha Egitânia foi até tema de capa. Também durante todos estes anos este periódico foi a chama ardente do jornalismo do concelho, descrevendo e denunciando os abusos contra o povo a as instituições, assim como comentando as horas felizes dos idanhenses.
Foi, melhor, é tribuna de liberdade e oásis de saber, defensor das causas raianas e cristãs. Ao seu director de sempre o Amigo Padre Adelino Américo Lourenço, receba deste seu admirador o testemunho sincero de parabéns pelo trabalho desenvolvido e pela coragem de todos os meses dar ao mundo esta publicação histórica. A Idanha é devedora.
Felizes Festas
Feliz Natal desejo a todos os leitores deste Blog. Antecipadamente
Feliz Navidad
Joyeux Noël
Merry Christmas
Buon Natale
Mo'adim Lesimkha
Paz no Mundo seria o melhor presente a que poderiamos aspirar.
A Cor - The Color
Página número um completamente colorida, estou a tentar estilizar a minha paleta de cores para obter um "look" mais simples, quase clássico. O desafio está em mantê-lo "fixe" e contemporâneo.
Provavelmente, numa fase mais adiantada vou voltar atrás e alterá-la um pouco...
Abraços coloridos!
Page number one fully colored, I'm trying to stylize my color palette to a simpler, almost classic look. The challenge is keeping it cool and updated...
Probably, in a further stage I'll go back and change it a little bit...
Colorfull hugs!
Encontrado túmulo de S. Paulo?
Quem é?
Quem é esta personagem que mereceu esta estátua em Zamora (Espanha)? Vou dar algumas pistas
1 - Nasceu em várias "pátrias";
2 - Não gostava de invasores;
3 - Dizem ter passado por Idanha-a-Velha pelas Serras da Gardunha e da Estrela;
4 - É um dos mitos da nacionalidade portuguesa.
Não é dificil, pois não? Aguardo sugestões
Cruzes gravadas judaicas (?)
Como gostariamos que a Câmara de Castelo Branco fizesse igual serviço, pois na zona histórica albicastrense estão detectados algumas dezenas de motivos identicos.
Out one evening...
The noise is animal, defening. The smell, to the uninitiated, is worse. Sweat and cigarette smoke, spirits and the hint of sex, the acrid-sweet smell of weed smoke and the inimitable stench of spilt beer over it all. There are people everywhere, at the long bar packed three or four deep and shouting over the noise; girls with hard and unfriendly eyes slouch on sofas in the half-light, choosing which boys they will tease and abandon at the touch of a hand. Skinny boys in tight trousers with artfully ruffled hair wear thier fathers' braces over too-expensive "vintage" shirts, and try not to stare at the girls.
There is a girl in a patterned 1940s tea dress, standing in matching teal green court shoes. Her face, her hair, are both perfectly made up so that her features have become beautifully, fantastically, doll-like. She holds a plastic pint glass in a hand which sports bitten, unlovely nails.
The doll in the tea dress is being eyed by a man - a tall boy - wearing out-of-place baggy denim jeans and a skinny-fitting band t-sjirt. He has enough weed in his pocket to get him stoned and more than stoned, and in the other pocket, a wallet that contains twenty pounds, a bank card, his fake i.d., stating his age as nineteen, and two condoms given to him by a mate on his sixteenth birthday last year. A flash of the lights illuminates the acne hiding under his thin stubble, stubble he hasn't shaved for three weeks to achieve. His friend - the same giver of prophylactics - weaves through the crowds bearing bottles of the cheapest beer available. They drink, and watch the girls, trying to look older, less innocent and more experienced. The girls ignore them.
On the dancefloor, girls dance in groups, flinging thier arms around, stamping, on the edge of the greater mass, watching the boys they like through thier lashes, studiously not looking at them with more than a glance. Towards the center, towards the stage, the girls become tougher, less distinguishable from the boys as the gender line is blurred by sweat, smoke and seething bodies.
Cá para mim é exploração
Perguntem ao Luís Raposo, ao Rui Parreira e a outros com quem tive a honra de trabalhar nos anos 80 como era.
Agora isto, é com todas as letras uma exploração. Onde está a ética?
Deve ser como o outro que diz faz o que eu digo, não faças aquilo que eu faço...
Pergunta que fica no ar
Desassossegos extinguiu-se?
Espero que sejam só problemas técnicos, mas não me parece.
Vila Velha de Ródão tem nova carta arqueológica
Preto e Branco - Black and White
A prancha a tinta! Correu bastante bem tendo em consideração a ansiedade que me atacou antes...
Nesta fase normalmente tomo algumas liberdades com o desenho, invertendo algumas zonas e estilizando outras. Não sei bem porquê, só que me parece bem...
Abraços monocromáticos!
The inked page! It went very well considering the anxiety that struck me before...
In this stage i usualy take some liberties with the drawing, inverting some spots and stylizing others. I really don't know why, just feels good...
Monochromatic hugs!
Museu do Fundão já tem Director
Gaffes arqueológicas
Ah, cá está o vosso Paleolítico.
Calcanhar De Aquiles
Aqui está ela! A primeira prancha a lápis do "Calcanhar De Aquiles"(título provisório), daqui parto para a tinta da china, para mim a fase mais divertida de fazer BD, mas também a mais perigosa... Digitalizei-a por isso mesmo. Não vá cair-me o céu em cima com o pincel na mão...
...primeiras pranchas...
Abraços
Here it his! The first pencilled page of "Aquilles Heel"(provisory title), from here i go to inking, for me the funniest part of doing Comics, but also the most dangerous... Scanned her precisely because of that. To help me from the skie falling on me, with the painbrush on my hand...
...first pages....
Hugs
Matar Saudades
Pois é!
Há muito tempo que não vos ofereço nada.
O que é mau. Sinal de que não tenho feito nada de meu.
Mas aqui estou, revigorado com a motivação de (FINALMENTE!) ter começado a desenhar uma estória grande a cores com o Rui Lacas no argumento.
Não posso continuar a adiar este passo com desculpas de que tenho medo, falta de tempo, etc, tenho que arriscar, fazer asneiras, cair e levantar-me.
Aqui vos deixo, um estudo de personagem, para o "Calcanhar de Aquiles"...o Victor.
Saudações obscuras
Moedas visigóticas em território português
A exposição estará aberta entre os dias 28 de Novembro a 26 de Janeiro de 2007.
A não perder
Iberismo clerical
Barrancos, a Igreja fica cheia para a missa das 10h: Portugueses, espanhóis, o presidente da junta, etc.
O padre começa o sermão:
- Irmãos, estamos hoje aqui reunidos para falar dos Fariseus... Aquele povo desgraçado como estes espanhóis que estão aqui..."
O maior trinta e um assolou a igreja. Os espanhóis ofenderam o padre, houve porrada na porta da igreja. O presidente da junta levou as mãos à cabeça, indignadas. Acabada a confusão, o presidente da junta foi falar com o padre na sacristia:
Objections
I want an objection
You are allowed
I won't bite your head off
I wouldn't have said anything if I didn't want an objection
I wouldn't have bothered to say anything if I didn't care whether you objected or not
In fact, I think I want you to object
Loudly
Strenuously
With intention
Please object?
I think I shall go mad
Ermida de S. Domingos em Idanha-a-Velha
Painel de azulejos mostram Idanha-a-Nova, segundo Duarte de Armas
And I'll Fight Like Hell, To Hide That I'm Giving Up
I must stay awake
I scribble words, scrawl nonsense, inscribe the dregs of my mind that should be concentrating on futile cycles.
The is futile.
Resistance is futile.
The futility of waking, sleeping, concentrating.
The antisense approach, reaching understanding backwards through a mire of confusion.
No, I have no idea where that was going. I think I fell asleep while writing it. The power of a boring lecturer.
I'm tired of being fucked around. I know he doesn't do it on purpose, he doesn't intend to upset me - apparently trying to be pleasant about it means I'm not upset; I'm not allowed to be upset after the event, and furthermore we're not going to argue about it because he doesn't want to piss me off. Well, I'm already pissed off, and I'm not in the mood to get pissed off enough so that I end up apologising for being pissed off because I get so goddamned angry.
So instead, I'm going to give up.
Os placards das obras
Epigrafia portuguesa do concelho de Idanha-a-Nova - 1
Pao-por-Deus
Assim, fiquei a saber de uma tradiçao que desconhecia que existe especialmente na zona norte do país. Contou-me o cliente que originalmente as familias mais pobres no dia primeiro de Novembro andavam de porta em porta com sacos pedindo "pao, por deus!" e as pessoas ofereciam o que podiam: arroz, pao, maças, castanhas..., e as estas ofertas respondiam com rimas. O senhor disse-me uma, que lhe tinha sido susurrada pela esposa que estava perto dele e do telefone... era algo como:
"ó tia, dá pao, por deus?
ó maringola, saco cheio,
vou-me embora!"
Hoje sao os mais jovens que andam de porta em porta e o pao converteu-se em chocolates, rebuçados ou euros.
Fiquei assombrada por desconhecer esta tradiçao e especialmente contente por me ter sido revelada numa situaçao tao caricata, ao fim e ao cabo vivo e trabalho em Barcelona mas lido com clientes que vivem em Portugal. Pois é, quem disse que o Halloween era uma tradiçao importada? Nao deixa de ser uma mutaçao duma tradiçao tambem existente em Portugal.
Provocação respondida
1- Ando sempre a olhar para o chão (nunca se sabe onde aparecem vestígios arqueológicos)
2- Tenho a mania das legalidades (sou um pouco fundamentalista)
3- Acho que tenho a melhor filha e mulher do mundo (será?)
4- Levo demasiado tempo a escrever e a desenvolver trabalho científico (estou sempre cheio de dúvidas e soa-me sempre mal aquilo que escrevo)
5- Sou portista inveterado (Não sou fanático, mas já faltou mais, depois daquilo que se vai vendo e ouvindo)
Para continuar a onda passava o testemunho ao Veríssimo, ao Stalker, ao Chanesco, ao Eddy e por fim ao Aquiles que ultimamente tem andado muito caladinho.
Fira de Intercanvi de Mieres
Este último fim-de-semana em Mieres, uma aldeia na Garrotxa, organizou-se a Feira de Intercambio. É uma ocasiao para oferecer o que nao usas e trocar por algo que necessites. Nao é permitido o uso de dinheiro. Esta é a ideia desta feira que se realiza faz anos nesta pequena aldeia, mas a sua origem encontra-se na necessidade dos seus habitantes em desfazer-se de velharias, excedentes agricolas ou animais e trocá-lo por algo útil. Hoje já nao é o que era, mas continua com o mesmo espírito.
Esta visao utilitarista da troca, por oposiçao ao consumismo furioso com o qual vivemos hoje, pareceu-me genial... e nem sequer é algo assim tao novo, verdade? Ou já nos esquecemos das aulinhas de história sobre os intercambios antes da criaçao da moeda?
Assim, aqui encontras de tudo, desde mobiliário, aparelhos electrónicos, productos agricolas, livros e cds, roupa, doces caseiros e bolos, brinquedos, ... Por 3 pares de botas trouxemos uma máquina de café, um aquecedor e uma camisa, por uma garrafeira trouxe um vestido de la e trocámos um par de pulseiras que o meu companheiro tinha trazido da Guatemala por um pote de vidro para por o incenso que tinha feito para Samhain e um relógio para a sala de estar - e deram-nos um brinde com o relógio... uma dentadura com olhos que dás corda e caminha. :)
***
Festival Internacional del Teatro Visual y de Títeres
História da Medicina na Beira Interior - Caderno XX
Constam os seguintes trabalhos:
Maria Antonieta Garcia - O drama de Brás Luís de Abreu: o médico, as malhas da inquisição e a obra
Alfredo Rasteiro - Escrubuto, pepinos, inquisição e opúncias na época de Amato Lusitano (1511-1568)
António Lourenço Marques - Sentir dor no tempo de Amato Lusitano
Fanny A. Font Xavier da Cunha - Amato Lusitano (1511-1568) e o Homem esse desconhecido
Maria Adelaide Neto Salvado - De um caso de raiva contado por Amato Lusitano (...) aos casos de raiva na região de Castelo Branco em finais do século XIX
Maria de Lurdes Cardoso - Raíz da China: uma planta com sentidos...
Augusto Moutinho Borges - Novos dados sobre o Real Hospital Militar de S. João de Deus na Praça de Penamacor
Manuel Morais Martins - A higiéne e a salubridade na urbe albicastrense durante o século XIX
Joaquim Candeias da Silva - Evocação/memória de alguns médicos notáveis da beira Interior. Concelho do Fundão (V)
Francisco Henriques, Tânia Gonçalves, João Caninas - Os sentidos na poesia popular da região de Castelo Branco
Albano Mendes de Matos - As doenças na Gardunha: crendices, benzeduras e curativos
Maria do Sameiro Barroso - Sob a protecção de Lucina: aspectos da medicina obstrética e ginecológica antiga
João Rui Pita, Ana Leonor Pereira - Fleming: história da medicina e saber comum
João Maria Nabais - Medicina e judaísmo na transição para a modernidade
Rita Diana de Sá Lobato Moreira - A gravidez ilícita de Rubena: dualidade entre vergonha e sofrimento
António Maria Romeiro de Carvalho - Masculino-feminino: uma construção cultural no ocidente
José Conceição Afonso - Contributos para a história da saúde em Macau: dos finais do século XIX às primeiras décadas do século XX
Pedro Miguel Salvado - A exposiçãp "Os olhares das ausências. Interioridade e bócio"
Maria de Lurdes Gouveia da Costa Barata - Os sentidos
O tempo passa
E que andei por aqui a fazer durante todo este tempo? Pois, assisti a um concerto de Zakir Hussain, no âmbito do Festival de Músicas do Mundo aqui em Barcelona, o mestre das tablas. Excelente!
E no fim-de-semana do meu aniversário fui para o campo, na zona de Girona, e aproveitei e dei um pulinho à praia na Costa Brava. Um fim-de-semana relaxante, como havia muito que nao disfrutava, e cheio de surpresas. É tao bom celebrar o dia em que viemos ao mundo! Mais ainda quando outras pessoas consideram que isso é efectivamente motivo de celebraçao! Enche o ego, verdade? ;)
Estado prepara-se para abandonar Museus do Interior - II
A ler no Albicastrense
I ENCONTRO DE PATRIMÓNIO RAIANO CENTROS HISTÓRICOS DE FRONTEIRA
Sem qualquer desprimor para os ilustres palestrantes, é inadmissível a diminuta geografia raiana incluída no I ENCONTRO DE PATRIMÓNIO RAIANO CENTROS HISTÓRICOS DE FRONTEIRA, que vai ter lugar na cidade da Guarda nos próximos dias 16 e 17 de Novembro.
Pela consulta do Programa qualquer um fica com a ideia de que a classificação de centro histórico ainda está pouco desenvolvida e aplicada na Beira Interior. Basta identificar os locais abrangidos. Três perguntas: O que é que entendem os organizadores do encontro por património raiano? Quanto aos ‘centros’ ditos históricos: só os há em cidades e em vilas capitais de concelho? O resto é paisagem e não conta. O que é que está a fazer uma comunicação sobre o Projecto de valorização do Mosteiro de Sta Clara a Velha de Coimbra: devolver o sítio à cidade” da autoria do Artur Corte-Real? Deve ser para atenuar o efeito de fronteira mas mentes raianas. Realmente não há nada como um douto ar patrimonial vindo do litoral para educar os rústicos da fronteira.
Toponimia. Pedido de ajuda
XVIII Jornadas de Estudo " Medicina na Beira Interior da Pré-História ao Séc. XXI"
Dia 10 (18:30 horas)
Sessão de abertura
- Palavras de ebertura
- Conferência inaugural A mulher e a medicina mágico-religiosa, no antigo Egipto, por Maria do Sameiro Barroso
- Inauguração da exposição de arte "Pintura de Costa Camelo"
- Apresentação do volume 20 dos Cadernos de Cultura Medicina na Beira Interior da Pré-História ao séc. XXI
Dia 11 (9:30 horas)
Inícios dos trabalhos, com intervalos para café e almoço, em que serão apresentadas as seguintes comunicações:
- Alfredo Rasteiro, Amato Lusitano (1511-1568): religião e imagem
- Armando Moreno, Ética em Amato Lusitano
- Fanny A. Font Xavier da Cunha, Amato Lusitano e seu ressurgimento e actualização em pleno séc. XXI
- J. A. David de Morais, O tratamento vernáculo do cobro (herpes Zóster) no sul de Portugal e nas Centúrias de Amato Lusitano: abordagem médico-antropológica
- António Lourenço Marques, Cuidados paliativos nas Curas de Amato Lusitano?
- João Maria Nabais, Contributos de Amato Lusitano para a história das religiões e da ciência
- António Santinho Martins, Amato Lusitano: um sexologista "avant la lettre"
- Pedro Salvado, Amato Lusitano: materialidades e invisibilidades albicastrenses
- Romero Bandeira, Amato Lusitano (151101568): un médecin sens frontieres: a portuguese doctor in Dubrovnik
- Daniel Cartuxo, De Amato Lusitano a Manuel Damásio: de um continuumou de um percussor?
- Adelaide Salvado, Reflexão em torno de algumas curas miraculosasna Beira Interior
- Antonieta Garcia, António Nunes Ribeiro Sanches: medicina e religião
- Manuel da Silva Castelo Branco, Assistência aos doentes em Castelo Branco e seu termo, entre os começos dos séculos XVII e XIX (2ª parte)
- Joaquim Candeias da Silva, Evocação/memória de alguns médicos notáveis da Beira Interior: concelho do Fundão (VI): Dr. Paulo de Oliveira Matos
- Augusto Moutinho Borges, Iconografia dos santos patronos da assistência e hospitalidade da ordem Hospitaleira de S. João de Deus
- Aires Gameiro, Grupos de valores assistenciais em documentação dos séculos XIV-XVII
- José Morgado Pereira, Bettencourt Rodrigues: entre a medicina e a política
- Ana Leonor Pereira e João Rui Pita, Da botica à farmácia: o tratamento da sífilis
- João Rui Pita, A escola de farmácia de Coimbra entre 1902 e 1911: as relações entre médicos e farmacêuticos
- António Maria Romero Carvalho, O culto de Mitra e as sepulturas escavadas na rocha
Por fim leitura das conclusões e encerramento dos trabalhos. Segue-se jantar oferecido pela Câmara Municipal de Castelo Branco.
Via Google
Chegou até nos um visitante com esta questão:
O templo de Diana pertence a que povo e cultura?
Deve ser o templo romano de Évora que procura. Mais um mito que não desvanece
Membrane Cytoscaffolds
There is no silence, but instead a noisy sort of quiet as two hundred pairs of ears strain to hear the narration of what two hundred pairs of eyes follow on the projection board in front of them. The clatter of pens being put down and picked up, searched for in pencil cases and dropped on the floor. Pens clicked, tapped, chewed in concentration and as the chewer drifts into daydream before shaking thier head and returning to the present. Eliptocyctosis, splemomegaly, anaemia; long words hang in the air with almost tangible crushing weight. Two hundred brains bend themselves around an endless parade of facts and tidbits of knowledge, gawp at the image of a grossely over-distended spleen and sigh over complex diagrams of molecules arranged in a complex network.
Heads begin to loll as the lecture continues, concentration wavers and every now and again a muttered conversatin can be heard.
When the lecture ends, there will be a clattering of feet, as bodies rush to stand. Voices will raise suddenly as chatter errupts among friends anxious to continue conversations halted by the neccessity of learning. Bags will clater as pens, cases, pads and folders are slung in carelessly or wedged in; noise will conquor silence to reign once again.
But for now, quiet rules. Shuffling bodies, subdued movement, interrupted by the rattle of pen and the rustle of paper.
Dedicated to the interminable droning of Protein Pete
Estado prepara-se para abandonar Museus do Interior
Agora, estamos à espera da reação regional a este episódio, especialmente o que os Amigos dos Museus têm a dizer
E heis que um novo ano chega...
(Sim, sim, é uma courgette... redonda? sim, e quê? Os antigos irlandeses e escoseses deixaram de carvar nabos porque eram muito duros e passaram a carvar abóboras. Eu nao posso usar uma courgette geneticamente manipulada pelo mesmo motivo? Sabem o que custa escavar uma abóbora?!? ;P )
Pontes e pontes
Ao fazer a referência a esta ponte neste meu espaço, é acima de tudo o reconhecimento de um monumento bem cuidado e bem enquadrado. Lembro-me que há já muitos anos esta ponte e a sua envolvencia eram uma autêntica lixeira e uma mata pegada de ervas daninhas. Felizmente hoje está diferente, para melhor. É um espaço muito agradável, para tomar o sol e relaxar. Estão pois de parabéns os autarcas penamacorenses.
Onde eu moro existe outra ponte com as mesmas características, mas a realidade é bem diversa. Ninguém acode à ponte velha de Idanha-a-Velha, mas ela lá vai aguentando, talvez por não muito mais tempo.
Todas as comparações podem ser válidas e assumidas.
Patrimónios flutuantes: A irrequietude das pedras
O transporte de epígrafes da zona onde foram encontradas para outras regiões do País foi prática assumida desde os finais do século XIX até à primeira metade do século XX. Suportes de chantagens políticas, símbolos de afirmação de poderes; agentes de promoção de redes de influências, objectos vendáveis em lucrativos negócios; elementos decorativos de jardins afirmativos do ‘status’ da nobreza oitocentista, marcador etnogenético de ideologias, ponte para sonhadas aproximações aos areópagos culturais de então - para isto e muito mais serviram os monumentos epigráficos da Beira. Estas ‘estranhas’ patrimonializações imbricadas à epigrafia lusitano-romana beiroa e os vários discursos científicos e literários produzidos constituem um capítulo peculiar da nossa História Cultural merecedor de aprofundado olhar. “Não os fui expoliar; mas as lápides que lá colhi, valorizam-se mais por virem para um museu nacional“ justificava-se Félix Alves Pereira que, “em proveito do Museu Ethnologico Português”, fez transportar para Lisboa, entre 1904 e 1910, dezenas de monumentos.“Tirar os objectos do local de origem e mandá-los para outro museu é roubar á própria região elementos de estudo, que há toda a vantagem em fazer in loco”, escreveria anos depois Paiva Pessoa, segundo director do Museu de Castelo Branco. De autoria de Ana Paula Ferreira foi, em 2004, editada pelo Instituto Português de Arqueologia, a obra Epigrafia Funerária Romana da Beira Interior: Inovação ou Continuidade?, que reproduz as conclusões alcançados no trabalho que apresentou à Universidade de Coimbra no âmbito do mestrado em Arqueologia Regional. Trata-se de uma magnífica dissertação que nos proporciona uma autêntica e aliciante aproximação aos diversos sentimentos e atitudes perante a morte gravados no suporte geológico pela sociedade que, há dois mil anos, viveu na Beira interior. Geografia onde pulsou a civitas Igaeditanorum, cuja capital foi Igaedis, a primeira afirmação verdadeiramente urbana da História da região onde enraízam as origens da actual aldeia de Idanha-a-Velha. Pela sua relação com Castelo Branco chamou-nos a atenção a epígrafe n.º 236 do catálogo: CAVDICVS . AMMINI . F / SIBI . ET . VXSORI. / CASINAE . CATUTENI, isto é: “ Caudico, filho de Amino, mandou fazer para si e para a sua esposa, Casina, filha de Catueno.” Segundo Tavares Proença Júnior, fundador do Museu de Castelo Branco, esta inscrição encontrava-se em 1907 “metida como material numa ombreira de portado rústico” nos arredores da cidade. Através das suas notas de investigação sabemos que Tavares Proença a copiou e efectuou um molde de gesso da epígrafe em Abril de 1907 e que só a 14 de Novembro de 1909 daria entrada no Museu.. No catálogo da exposição “minimalista” (assim caracterizada pelos seus organizadores) arqueologia: colecções de francisco tavares proença júnior (não entendemos porquê a ausência na mostra da arqueologia medieval e, principalmente, da epigrafia portuguesa, campos em que também Tavares Proença foi pioneiro regional), o Professor Dr. Amílcar Guerra, responsável pela enquadramento do núcleo epigráfico reunido pelo fundador , lamentou: “Uma outra que atesta o raro antropónimo Caudicus, proveniente dos arredores de Castelo Branco, encontra-se actualmente perdida.”. Perda que havia sido já apontada, em 1979, por José Manuel Garcia no seu ensaio Epigrafia e romanização de Castelo Branco: “Esta inscrição foi dada, por engano de D. Fernando de Almeida que a não viu, como sendo de Idanha-a-Velha, o que originou várias incorrecções nas publicações posteriores”. Efectivamente, a inscrição de Caudicus corresponde ao n.º. 56 do Corpus Inscriptionum Igaeditanorum da obra Egitânia. História e Arqueologia (1956) de Fernando de Almeida. Este autor apresentou, contudo, um alinhamento distinto do da primeva fixação do texto. A pontuação triangular, indicada por Tavares Proença, não foi respeitada, informando Fernando de Almeida quanto ao seu paradeiro não saber onde a mesma, então, se encontrava. Anos mais tarde, em 1985, na recensão saída na revista Conimbriga ao trabalho de José Manuel Garcia Epigrafia Lusitano-Romana do Museu T.P.J.( 1984), o Professor Dr. Vasco Mantas, ao lamentar a não inclusão no estudo de algumas inscrições dadas à data como desaparecidas do Museu albicastrense, comentou:“Teria sido necessário transcrever todas as que do Museu foram transferidas para Idanha-a-Velha, pois é na velha Egitânia que aquela ( refere-se à inscrição de Caudicus e de Casina), como estas, se encontram; assim fica resolvido o problema do paradeiro desta epígrafe”. Pois pelo lido não ficou. Carecem, então, de fundamento as afirmações expressadas por Paula Ferreira no seu trabalho relativas à inscrição de Caudicus: “Desconhece-se a sua proveniência exacta.” ou “A tipologia do monumento indicia que ela seja originária de Idanha.” Não é. É sim originário dos arredores de Castelo Branco. Mas quando e porquê é que a inscrição foi transportada para Idanha-a-Velha? Só descortinamos a hipótese da movimentação ter sido efectuada durante a direcção de D. Fernando de Almeida do Museu albicastrense, exercida entre 1963 e 1973. Já tivemos, noutra ocasião, a oportunidade de apontar as principais coordenadas da estruturação museológica desenvolvida no sudeste da Beira por Fernando de Almeida durante esse decénio. A partir da conjugação das realidades patrimoniais de Idanha-a-Velha com as do Museu de Castelo Branco, que entretanto tardava em ser reinstalado no antigo paço episcopal, revelar-se-iam algumas das temporalidades e das expressões materiais “do que tem sido a vida do povo do distrito de Castelo Branco, ao longo dos séculos, diremos antes, dos milénios(...). Chamemos-lhe povo egeditano”. E neste objectivo, a reconstrução da colecção epigráfica lusitano-romana de Idanha-a-Velha foi para D. Fernando de Almeida tarefa prioritária. Escreveu o erudito arqueólogo:“Concluídas as obras de restauro da Catedral, o Sr. Frederico Marrocos, (...) autorizou a passagem das lápides, ao todo 92, para o novo museu que resolvemos instalar no templo “rejuvenescido”. Àquele número, conseguimos juntar, (...), as lápides que tinham sido levadas para outros museus».Terá sido durante esse ‘repatriamento’ da epigrafia egeditana que a lápide albicastrense, inadvertidamente, foi levada para Idanha-a-Velha. Somos devedores a D. Fernando da idealização e da criação em Idanha-a-Velha da maior colecção epigráfica do Portugal romano. Contudo, e a bem da verdade histórica, este impressionante conjunto de fontes está longe de formar a “maior colecção epigráfica da Europa”, devaneio pseudo-identitário reproduzido à exaustão por guias turísticos de ocasião e por escribas ignorantes em páginas net de organismos oficiais. Nesta circulação de materiais epigráficos e de outra natureza há situações de ‘potlach’ geo-arqueológico que hoje não se compreendem. Do que constituiu uma atitude provisória assumiu-se um carácter definitivo. Apenas dois exemplos. A estatueta de azinho encontrada na década de sessenta em Idanha-a-Velha, que representa um personagem togado, raro exemplo peninsular de plástica romana concebida neste tipo de matéria, continua nas reservas da instituição albicastrense. “Para mais segurança, depositámo-la no Museu de Castelo Branco e lá ficará até ser construído o Museu Monográfico de Idanha-a-Velha” anunciava, em 1973, Fernando de Almeida. Porquê? E o segundo, a ara dedicada aos Lares Cairiensibus encontrada na Nave Aldeã, propriedade rural da Zebreira (Idanha-a-Nova), com outra anepígrafa, em 1956. Em 1972, a peça veio do Museu Lapidar Igeditano de Idanha-a-Velha para as salas do Museu Tavares Proença reinstalado no antigo paço episcopal da cidade. Porquê e para quê?Agora que a museografia egeditana é cada vez mais virtual, julgo ser importante para a História da cidade que o monumento de Candicus e de Casina seja devolvido a Castelo Branco, pelas suas especificidades onomásticas e históricas reveladoras do estrato romano do sítio onde a cidade cresceu. Depois da irrequietude da pedra, e parafraseamos Vítor Oliveira Jorge, continuemos a sentir o respirar histórico, em toda a materialidade, deste ‘tosco bloco’ de granito gravado com milenar cultura.
Pedro Miguel Salvado
Carregos: contrabando na raia central
Carregos: contrabando na raia central / António Cabanas. -Barcarena: Artemágica, 2006. -228 p
Este é um livro sobre a temática do contrabando na Beira Interior, projecto este apoiado por 8 câmaras municipais dos distritos de Castelo Branco e da Guarda ( Almeida, Belmonte, Castelo Branco, Fundão, Guarada, Idanha-a-Nova, Penamacor e Sabuga), Governo Civil de Castelo Branco e Região de Turismo da Serra da Estrela.
O autor é natural da Meimoa, concelho de Penamacor, onde veio ao mundo em 1961, e exerce presentemente as funções de vice-presidente da Câmara Municipal de Penamacor. Na formação académica apresenta uma licenciatura em Sociologia pela Universidade da Beira Interior.
Bom de se ler é mais uma achega para o conhecimento das relações trans-fronteiriças nesta região.