Pontinha


Reproduzimos mais um documento afim de ser anexado ao processo virtual das obras da ponte de Segura. Desta feita é a versão saída no jornal Reconquista, de 18 de Outubro, periódico que se publica em Castelo Branco. A notícia ocupa espaço da página de dedicada à cidade. Vale a pena ler, a começar pelo título. «IPPAR contra…» Pensávamos que o instituto tinha sido extinto mas para alguns não. Saudosismo… patrimonial da instituição? Quiçá. È verdade que na peça se especifica que apresentam declarações do ex director regional do Ippar, Sr. Arquitecto José Afonso. Perguntamos. o Arquitecto é ou não é o actual responsável pelo Igespar - Castelo Branco?

Depois há algumas questões levantadas por uma leitura atenta das declarações proferidas pelo Sr. Arquitecto. A primeira é a propósito do tipo de materiais que foram utilizados na deficiente operação de consolidação. Diz o arquitecto que devia ter sido usado «o memos tipo de cimento que era fabricado pelos romanos». Ficamos muito contentes pelo Sr. Arquitecto, saber fazer o “opus signinum” utilizado cá por estas bandas do Império por volta de fins século I. Deve te sido alguma investigação recente que vivamente saudamos. Mas nas declarações há muito mais coisa deveras interessantes como esta sentença. «A legislação nestes casos devia ser mais simples e o Estado devia actuar mais depressa quando se detectam os problemas». Se isto tivesse sido proferido por um novato recém-nomeado, que achasse que o Ippar não é Estado, ainda entendíamos…Era um boy. Mas não é o caso. O Sr. Arquitecto Afonso é, nestas coisas da defesa do património regional pelo menos as do eixo da A23, um autêntico dux veteranorum. Um dux, pago com os nossos impostos, sempre atento dentro das suas reais possibilidades, a todos os atentados ao património classificado. É um cargo de poder de nomeação politica e é Estado. Ou não será assim? Pois nisto das leis do património, as do passado e as do futuro, e do seu incumprimento ou inexistência, não é só uma questão de pedras ou de cimentos. É sempre uma questão de qualidade, principalmente, técnica, de saberes e de verdadeiras vontades em mudar. Nunca gostamos muito da frase que adaptamos e que diz ser preciso mudar alguma coisa para ficar tudo na mesma. O Ippar é igual ao Igespar?

PS - Também exerce a dúvida metódica: http://ml.ci.uc.pt/mhonarchive/archport/msg02136.html