País Vasco: Mitos e Lendas I


Lembrei-me desse amigo que vive no Pais Vasco e veio-me à memória a minha viagem por essas terras. Euskadi é uma zona lindíssima e que, sem dúvida, vale a pena conhecer. Conhecer as suas paisagens, conhecer as suas gentes, conhecer os seus costumes ainda tao arraigados ao passado, conhecer os seus mitos...


Esta imagem é dum EGUZKILORE (imagem da kuturweb - a que eu tinha tirado ficou tremida e acabei por apagá-la). Esta "flor de sol" é a flor seca do cardo e colocado nas portas defende as casas dos maus espiritos, das doenças e das tempestades.



Os bosques de faias abundam no País Vasco (já sei, já sei, a foto está péssima - tive bastantes problemas com a câmara nestas férias - a protecçao da objectiva nao queria abrir, ok?) .


Bom, voltando aos bosques... Aqui vive BASAJAUN, o Senhor do Bosque, génio benfeitor com forma humana e possuidor de uma força e agilidade prodigiosas. É o protector dos rebanhos e a ele se atribui a introduçao da agricultura nos campos vascos e de instrumentos como a serra ou técnicas de soldadura.


Falando de bosques, nao poderia deixar de mencionar este, um projecto incluido no chamado "land art".

Esta foto foi tirada no Bosque Encantado de Oma, um enorme bosque de pinheiros pintados por Agustín Ibarrola.

É uma obra muito controversa uma vez que é considerada por muitos uma agressao ao meio natural. A verdade é que tens a sensaçao ao entrar neste bosque que este está animado, se move e te fala.

O autor utiliza como suporte os troncos das árvores para projectar uma visao muito pessoal do cosmos, repleta de olhos, gentes, linhas e arco-iris, criando perspectivas e movimento. Símbolos que te enredam em cumplicidades com o entorno.

Quanto a mim, e sem querer entrar em polémicas, transmite com particular sensibilidade uma re-ligaçao entre o homem, no que mais tem de primitivo em sua essencia, e a natureza. Uma apologia ao respeito para com o meio natural e à comunhao de vivencias entre o ser humano e a natureza, apologia ao restabelecimento de um vínculo que tende a perder-se.