Desde há alguns dias está patente na Sé da Egitânea uma exposição de arte moderna da autoria de António Mira. Já visitamos a exposição, mas infelizmente devem contar-se pelos dedos de uma mão os habitantes de Idanha-a-velha que a visitaram. Tal deve-se a dois factores. O primeiro foi a quase nula divulgação da mesma nos meios de comunicação e a segunda, talvez a mais forte, é o desinteresse por este tipo de amostra por parte da população. Em abono da verdade, este tipo de exposição nem se enquadra neste tipo de monumento nem neste tipo de público.
Hoje irá ser inaugurada no Museu de Francisco Tavares Proença Júnior, em Castelo Branco, uma outra exposição da autoria do saudoso Mestre Barata Moura,adorável velhinho que eu já não vejo há mais de 20 anos. Possivelmente esta exposição a ser em Idanha-a-Velha iria chamar à Sé muito mais gente, e esta gostaria de ver os quadros e melhor que isso iria compreendê-los. Mas não, insistem em atirar "pérolas a porcos", insistem num género de arte que está desfazado do local onde está posta. Aliás duplamente desfazado, a população não alinha e está perdida num espaço que não foi feito para este género de arte. A exposição está perdida no interior frio da Sé.
Não podemos deixar de voltar a relembrar que esta última intervenção do IPPAR na Sé lhe descaracterizou o interior, ao lhe arrancar as inscrições romanas. Por favor voltem atráz e ponham as epigrafes de onde nunca deveriam ter saído. Voltem atráz, por favor, não sejam teimosos.