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MAIS JORNADAS



Outro evento, desenrolado na região, relacionado com a ciência arqueológica foram as intituladas «I Jornadas de Arqueologia da Beira Interior». Entre os dias 27 e 30 de Maio, de 1991, arqueólogos, investigadores e historiadores apresentaram as suas comunicações e estudos em Castelo Banco, em Idanha-a-Nova e na Guarda ou não fossem as jornadas ditas da Beira Interior. Prevaleceu a lógica de investigação territorial baseada na Beira Interior, abandonando-se a Beira Baixa?. Critérios. Muita coisa se tinha, efectivamente, alterado desde as “I Jornadas Arqueológicas da Beira Baixa”, de 1979, que não tiveram lugar, como alguém escreveu, na Casa de Cultura da Juventude de Castelo Branco mas sim na Assembleia Distrital de Castelo Branco. Pormenores ou talvez não. A estas jornadas de 1979 voltaremos um destes dias.

Durante toda a década de oitenta o território da Beira tinha continuado a ser, devidamente, investigado e prospectado. Avançou-se muito no conhecimento arqueológico real da Historia da presença da humana na região. Da Pré-História, ao período romano, da Idade Média à Epigrafia Latina, passando pela arte pré-e proto-histórica as investigações continuavam. Ora não é esta tendência que os organizadores admitem ter existido. Bem pelo contrário. A comissão organizadora considerava, mesmo a 27 de Maio de 1991, que «A escassez… Pois não foi bem assim, cara Comissão. Terá sido a ignorância ou outras razões, até imaginamos quais é que terão sido, que levaram a equipar o abandonado museu do Fundão com o museu Tavares Proença? Mistérios da Srª. Secretária das Jornadas Drª. Clara Vaz Pinto, com apoio da comissão científica? Como é que isto tudo foi possível é que não dá para entender. Mas não nos vamos, por agora, estender muito. A maneira como eu e alguns companheiros fomos tratados pela comissão organizadora foi incrível. Propagavam que essas jornadas seriam a marca. Antes delas não tinha havido nada. Tinha sido o deserto. E, agora é que era… Mas não foi. Nem ao nível arqueológico nem quanto à museologia arqueológica. A este nível foi mesmo o grau zero. Talvez seja melhor e a bem da saúde mental e da ética profissional, não recordar e tentar esquecer. Que diabos quem é que hoje se lembra que não deste nenhuma autorização para os materiais que recolhemos no S. Martinho serem estudados (e manipulados) por outras, como foi o caso. A soberba dominou as dotas cujas comissões e valeu tudo. Destruíram tudo ou quase, como foi o caso do solo de habitat paleolítico que para os conhecimentos da Exmª. Comissão organizadora não valia nada. Os tempos eram outros, a antiga ética enterrou-se de vez, ficaram as, orgulhosas, memórias as minhas e a dos meus Amigos.


PS - Este “inventário” não pretende ser um complemento ao iniciado por Luís Lourenço, que faz questão em se apresentar como (Licenciado em História: ramo científico), da Casa Comum das Tertúlias. Tivemos ocasião de o conhecer pessoalmente e de trocarmos algumas impressões na passada semana em Castelo Branco. É engraçado não deu para entender se é ou não do ramo científico. Mas que no inventário do Luís, abundam os doutores lá isso abundam…Cientistas ou não?

Mais, jornadas, colóquios, encontros e afins






















Continuamos o inventário de todos os eventos realizados nas últimas décadas na região, onde as temáticas da defesa do património, da arqueologia e da História regional, tenham sido a dominante dos trabalhos.

Referenciamos, hoje, o «1º Encontro Regional de Associações de Defesa do Património Cultural e Natural” do distrito de Castelo Branco», que teve lugar na Casa da Cultura da cidade albicastrense, entre nos dias 17 e 18 de Dezembro de 1983. Era uma reunião alargada que se impunha face às diferentes linhas e projectos de investigação que então surgiram A diversidade de grupos e de associações que desenvolviam actividades e que operavam neste território foi uma realidade, algo que mereceu atenção num artigo do meu amigo Caninas que, um destes dias, reproduziremos. Havia as associações mais de investigação arqueológica e as de natureza mais patrimonial. O GEPAA (Grupo de Estudos para a Protecção Artístico-Arqueológica), sedeado em Castelo Branco, encontrava-se na segunda tipologia, ainda que desenvolvesse igualmente trabalhos de natureza arqueológica. A defesa da zona histórica albicastrense foi o seu principal objecto de preocupação. A propósito deixo aqui o seguinte apelo: Pensamos começar a inventariar os trabalhos e iniciativas desenvolvidos pelas distintas associações então existentes no distrito. Pensamos que este inventário será de alguma utilidade para a História da Arqueologia da região. Assim que agradeço todas as informações, noticias e sugestões. Fico à espera.

O Encontro foi amplamente participado pelas representações de associações e investigadores oriundos da Covilhã, da Idanha de Penamacor. A Comissão organizadora englobou apenas os seguintes elementos do GEPAA: António Carvalho, António Joaquim Pereira Nunes, António Cabral, Manuel Domingues Gonçalves, João Barata e Pedro Salvado. Não saíram actas. Guardamos o cartaz do evento onde o arquitecto João Baltasar, então estudante, desenvolveu uma interessante não leitura do edifício do Paço episcopal de Castelo Branco. O edifício é barroco. Mas e se fosse neo-clássico? Eram temas muito do gosto do Pedro Salvado que então andava preocupado com os limites dos patrimónios e das suas relações com a sociedade envolvente.

PS- O António Carvalho, é hoje o vereador da oposição da Câmara de Castelo Branco. Interesses e preocupações precoces ao contrario de outros que só agora é que ‘descobriram o património.