Certa da cultura livresca e enciclopédica a que estivemos sujeitos até (essencialmente) ao 25 de Abril, teve a ver com conceitos de que tudo era explicado, em história tudo já se sabia. Pudera nos nossos livros de História de Portugal só havia verdades absolutas, e sempre a nosso favor, excepto aquele episódio que se deu no norte de África num sítio chamado Alcácer Quibir, mas era preciso explicar a perda da independência, mas mesmo assim nunca admitindo a morte do rei D. Sebastião. Isto a propósito do nome dos povos que habitaram a Península Ibérica num passado longínquo. A história oficial que tudo sabia atarefava-se nesse propósito cortando linhas de investigação a quem quer que fosse. Por outro lado a História oficial sempre se deu mal com o período mais longo da vida do Homem na Terra, ou seja a pré-História. Como explicar às criancinhas que o Mundo é muito mais antigo do que diziam as Escrituras. Era perigoso e complicado.
A 5 de Agosto de 1978 visitei o cromeleque de Xarez, aos pés do Guadiana e de Monsaráz, acompanhado de cerca de 20 colegas que participavam na escavação da vila romana de Pisões (Beja). Estavamos pois a visitar este monumento e a ouvir as explicações do Rui Parreira , quando a americana que fazia parte do grupo de nome Loretta, manda esta pergunta. "Que tribo construiu isto?" Todos ficamos calados e sem resposta. Igual resposta merecia ser dada ao Senhor Jorge Gabriel, era a mais correcta.
A 5 de Agosto de 1978 visitei o cromeleque de Xarez, aos pés do Guadiana e de Monsaráz, acompanhado de cerca de 20 colegas que participavam na escavação da vila romana de Pisões (Beja). Estavamos pois a visitar este monumento e a ouvir as explicações do Rui Parreira , quando a americana que fazia parte do grupo de nome Loretta, manda esta pergunta. "Que tribo construiu isto?" Todos ficamos calados e sem resposta. Igual resposta merecia ser dada ao Senhor Jorge Gabriel, era a mais correcta.