Na Ilha Esmeralda I - Tara e Newgrange

FINALMENTE! Há muito tempo que tinha esta viagem pendente e, ainda que foram apenas 4 dias, uuaauuuuu! Da próxima vez espero ir com mais tempo para viajar por toda a ilha. Enfim foi como pôde ser, corri como uma louca...

Ah, encontrei os meus apontamentos sobre dindshenchas e creio que faz sentido transcrever algumas (podem consulta-las completas aqui). Coloquei algumas fotos mas o album completo podem vê-lo neste link.



TARA E NEWGRANGE

Como nao tinha muito tempo resolvi ir numa daquelas excursoes de um dia Tara e a Newgrange. Pena que nao pude visitar toda a zona de Brú na Bóinne, mas o bom desta excursao é que se tens pouco tempo para andar entre comboios e autocarros, é perfeito. Além de que a entrada em Newgrange é restrita e esta excursao permite-te o acesso.

A viagem foi fantástica. O sol decidiu marcar presença e fez com que o verde desta ilha esmeralda resplandecesse ainda mais. Tenho pena que a objectiva da minha maquina fotográfica não registe os tons lindos que a minha retina captou.



Tara



TEMAIR (Tara)

Temair Breg, whence is it named?

declare O sages!

when did the name part from the stead?

when did Temair become Temair?


Was it under Partholan of the battles?

or at the first conquest by Cesair?

or under Nemed of the stark valour?

or under Cigal of the knocking knees?


Was it under the Firbolgs of the boats?

or from the line of the Lupracauns?

tell which conquest of these it was

from which the name Temair was set on Temair?


O Duban, O generous Findchad,

O Bran, O quick Cualad,

O Tuain, ye devout five!

what is the cause whence Temair is named? (...)

-dindshencha





O "omphallos" politico e religioso irlandês, onde era coroado o Rei Supremo e onde estes presidiam ás celebrações e festas que hoje conhecemos, especialmente Samhain. Aqui encontramos Lia Fáil, a Pedra do Destino, trazida pelos Tuatha dé Danan, que segundo a lenda rugia sempre que o legitimo Rei Supremo a tocava.



O Mound of Hostages é um tumulo mesolitico, conhecido por ser o cenário para a troca de refens.



Diz-se que desde Tara podemos ver 23 dos 32 condados da Irlanda... realmente a vista é espantosa. Se querem vê-la intocada apressem-se, pois vão construir uma autoestrada e a paisagem ficará marcada por um laaargo traço negro de alcatrão.



River Boyne



BOAND
[Boand is the goddess of the river Boyne]

Sid Nechtain is the name that is on the mountain here,

the grave of the full-keen son of Labraid,

from which flows the stainless river

whose name is Boand ever-full.


Fifteen names, certainty of disputes,

given to this stream we enumerate,

from Sid Nechtain away

till it reaches the paradise of Adam.


Segais was her name in the Sid

to be sung by thee in every land:

River of Segais is her name from that point

to the pool of Mochua the cleric.


From the well of righteous Mochua

to the bounds of Meath's wide plain,

the Arm of Nuadu's Wife and her Leg

are the two noble and exalted names.


From the bounds of goodly Meath

till she reaches the sea's green floor

she is called the Great Silver Yoke

and the White Marrow of Fedlimid.


Stormy Wave from thence onward

unto branchy Cualnge;

River of the White Hazel from stern Cualnge

to the lough of Eochu Red-Brows.


Banna is her name from faultless Lough Neagh:

Roof of the Ocean as far as Scotland:

Lunnand she is in blameless Scotland--

The name denotes her according to its meaning.


Severn is she called through the land of the sound Saxons,

Tiber in the Romans' keep:

River Jordan thereafter in the east

and vast River Euphrates.


River Tigris in enduring paradise,

long is she in the east, a time of wandering

from paradise back again hither

to the streams of this Sid.


Boand is her general pleasant name

from the Sid to the sea-wall;

I remember the cause whence is named

the water of the wife of Labraid's son.


Nechtain son of bold Labraid

whose wife was Boand, I aver;

a secret well there was in his stead,

From which gushed forth every kind of mysterious evil.


There was none that would look to its bottom

but his two bright eyes would burst:

if he should move to left or right,

he would not come from it without blemish.


Therefore none of them dared approach it

save Nechtain and his cup-bearers:-

these are their names, famed for brilliant deed,

Flesc and Lam and Luam.


Hither came on a day white Boand

(her noble pride uplifted her),

to the never-failing well

to make trial of its power.


As thrice she walked round

about the well heedlessly,

three waves burst from it,

whence came the death of Boand.


They came each wave of them against a limb,

they disfigured the soft-blooming woman;

a wave against her foot, a wave against her perfect eye,

the third wave shatters one hand.


She rushed to the sea (it was better for her)

to escape her blemish,

so that none might see her mutilation;

on herself fell her reproach.


Every way the woman went

the cold white water followed

from the Sid to the sea (not weak it was),

so that thence it is called Boand.


Boand from the bosom of our mighty river-bank,

was mother of great and goodly Oengus,

the son she bore to the Dagda – bright honour!

in spite of the man of this Sid.


Or, Boand is Bo and Find

from the meeting of the two royal streams,

the water from bright Sliab Guaire

and the river of the Sids here.


Dabilla, the name of the faithful dog

who belonged to the wife of Nechtain, great and noble,

the lap-dog of Boand the famous,

which went after her when she perished.


The sea-current swept it away,

as far as the stony crags;

and they made two portions of it,

so that they were named therefrom.


They stand to the east of broad Breg,

the two stones in the blue waters of the lough:

Cnoc Dabilla [is so called] from that day to this

from the little dog of the Sid.

-dindshencha



Este rio serpentea por toda a zona de Brú na Bóinne e segundo a lenda foi criado pela Deusa Boann, esposa de Nechtar e amante de Dagda com tem teve um filho, Aengus, conforme conta a dindshencha.



Newgrange






BRUG NA BOINNE




How is it named?



For the river that rises in the bog of Allen


And flows to the sea at Inver Colpa.


Called after Boand, Goddess of the rivers.




Peat dark and slow meandering


Making it’s lazy way through the land.

The Dagda had his house here,


And Angus Og after him,




In the wide bend of the river.

Angus of the generous hospitality,


With inexhaustible ale


And meat and fruit




To feed his many guests.


Lugh of the long arm lies here,



And Slaine, king of the Fir-Bolg,


Buried atop his hill.





Newgrange, Knowth and Dowth,



Look down on the valley.



Resting places of the great



Warriors and Chieftains,





It was here, at Linn Feic,



That the hero Finn McCumhaill


Caught the salmon of knowledge.



Burned his thumb on the hot flesh





And tasted before Finegas the Poet.



Wide green valley, lush with rich grass

Cattle and sheep shall thrive here.



And fruit trees of all kinds shall flourish.





Fish abound in the stream,



And stags frequent the forest.



You shall not hunger long



In the Valley of the Boinne.
-dindshencha

Este túmulo e centro ritual neolitico tem 5000 anos (com orgulho desmedido, a guia sublinhou o facto de ter sido construido cerca de 1000 anos antes da piramides no Egipto). Neste local mítico descansa o filho adoptivo do deus Aengus e foi onde o temerário heroi Cúchulainn foi concebido.
Aparentemente, Newgrange começou por ser um observatório astronómico, passando depois a ser um lugar de culto (segundo a guia, dedicado a Dagda, pelo seu caracter solar) e mais tarde local de enterro. A visita ao interior é muito interessante, algo claustrofóbico, sim, e fazem uma simulação da entrada do sol na camara no Solsticio de Inverno.

Roma: na capital de um império

Que posso dizer de Roma... digamos que é a cidade indicada para fanáticos de pedras como eu... Áparte dos incriveis museus, da comida italiana, dos quiosques que em vez de jornais vendem fruta e do facto de caminharmos por uma cidade com tanta história, a verdade é que a cidade ficou um pouco aquém das minhas expectativas: má sinalizaçao e falta de informaçao nos monumentos históricos, demasiado turismo, nao reciclam, a cerveja é cara e tive sempre assolada por uma sensaçao de insegurança enquanto visitava a cidade.

Ah, e quanto ao mito que a condução em Roma é verdadeiramente assassina, devo deixar um apontamento a favor dos condutores italianos: os peões sao os verdadeiros suicidas, atirando-se para o meio da rua sem olhar. Assim, conclui que os condutores conduzem como conduzem por uma questao meramente defensiva.

Mas a comida é, de facto, divina! E as pedras e as pedrinhas também são muito interessantes! ;) Além de que o tempo, para Novembro, estava genial! Visitar também a Colina de Janicolo ligada ao culto de Janus.

Tive pena de não ter tido tempo para visitar todos os museus da Villa Borghese, como o Museu Etrusco, a Galeria Nacional de Arte Antiga e o de Arte Moderna. O passeio pela Via Appia Antica também ficará para outra visita, assim como a Ara Pacis, o Museu e as grutas do Vaticano, e ver uma peça de teatro no mini-Globe Theater.




Templo de Marte Vingador - Forum







Templo de Castor e Polux, à esquerda em baixo Templo de Vesta







Templo de Vesta







Relevo de uma cena de Sacrificio







mosaico de Dionisio






Templo de Hércules






Arco de Janus e Igreja de St.Maria de Cosmedin






Castelo de St. Angelo




Templo de Esculápio na Villa Borghese



Deixo-vos o link para o álbum de fotos completo (na verdade tirei perto de 300 em 3 dias... mas não quero maçar-vos muito, assim que diminui o número... ainda que apercebi-me que perdi algumas fotos...)

Back from the dead...

Oláá!!!! Sim, sim, ainda vivo. Mas estive sem internet imenso tempo e... claro, a isso junta-se a minha preguiça natural de acender o pc e a coisa complica! eh eh ;p

Reparei que o link da música já nao funciona. Assim que souber como arranjar isso, prometo que o meto operacional outra vez.

E tenho uma viagem a Roma e á Irlanda que actualizar e muitas muitas novidades... ;)

Stay tooned!!!

Psycho Whip 02




O segundo episódio da série Psycho Whip, como de costume feita em parceria com o DJ Goldenshower na história.

Starring Psycho Whip's second episode, in partnership with DJ Goldnshower behind the story, as usual.

Preciosidade bibliográfica


Mais uma edição da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova.

Câmara de Idanha-a-Nova adquire património em Idanha-a-Velha







Por notícia veiculada pelo semanário Reconquista, de 10 de Janeiro de 2008, ficamos a saber que durante este mês se irão efectuar as escrituras de compra e venda de vários imóveis sitos na freguesia de Idanha-a-Velha, entre a Câmara Municipal de Idanha-a-Nova e a Família Marrocos. Entre os bens a adquirir encontram-se a Casa Grande, vários palheiros e alguns terrenos junto à povoação.

Desejo desde já mostrar o meu contentamento com tal notícia e desejar que rapidamente estes imóveis estejam ao serviço da população, da investigação arqueológica e do prestígio da Egitânia.

Segundo o vice-presidente da Câmara idanhense Eng. Armindo Jacinto, ao Reconquista, a casa Marrocos tem o destino traçado como hotel de charme, sendo os restantes ocupados com arrecadações para materiais arqueológicos e outros, possivelmente até o espólio do pintor José Manuel Soares a adquirir pela edilidade idanhense.

Talvez assim se trave o comercio ilegal de bens arqueológicos de Idanha-a-Velha e o constante descontrole e exportação de peças sabe-se lá para onde e por quem….. Já diz o povo “Quem cabritos vende e cabras não tem, de algum lado lhe vem”.

Monte de S. Martinho (Castelo Branco)

Singela notícia, no Boletim da Câmara de Castelo Branco, da autoria da arqueóloga municipal Sílvia Moreira, sobre o "Triângulo arqueológico de S. Martinho".
Ainda bem que este importante complexo arqueológico, nos arredores da cidade de Castelo Branco, não está esquecido. Esperemos que na prática também o não esteja e esperemos que a Câmara albicastrense faça algo para por termo aos atentados diários a que a zona é fustigada por construções ilegais. A ver vamos, já dizia o outro "Faz o que eu digo, não faças o que faço".

Cromeleque de Xarez

Certa da cultura livresca e enciclopédica a que estivemos sujeitos até (essencialmente) ao 25 de Abril, teve a ver com conceitos de que tudo era explicado, em história tudo já se sabia. Pudera nos nossos livros de História de Portugal só havia verdades absolutas, e sempre a nosso favor, excepto aquele episódio que se deu no norte de África num sítio chamado Alcácer Quibir, mas era preciso explicar a perda da independência, mas mesmo assim nunca admitindo a morte do rei D. Sebastião. Isto a propósito do nome dos povos que habitaram a Península Ibérica num passado longínquo. A história oficial que tudo sabia atarefava-se nesse propósito cortando linhas de investigação a quem quer que fosse. Por outro lado a História oficial sempre se deu mal com o período mais longo da vida do Homem na Terra, ou seja a pré-História. Como explicar às criancinhas que o Mundo é muito mais antigo do que diziam as Escrituras. Era perigoso e complicado.
A 5 de Agosto de 1978 visitei o cromeleque de Xarez, aos pés do Guadiana e de Monsaráz, acompanhado de cerca de 20 colegas que participavam na escavação da vila romana de Pisões (Beja). Estavamos pois a visitar este monumento e a ouvir as explicações do Rui Parreira , quando a americana que fazia parte do grupo de nome Loretta, manda esta pergunta. "Que tribo construiu isto?" Todos ficamos calados e sem resposta. Igual resposta merecia ser dada ao Senhor Jorge Gabriel, era a mais correcta.

Gil Vaz Lobo

Quem anda a investigar este personagem?
Entre em contacto comigo pelo mail.

A devoção à Senhora do Almurtão


Saiu há poucos dias o catálogo da exposição "A devoção à Senhora do Almurtão", que esteve patente no Centro Cultural Raiano, vários meses, sempre com grande afluência de público. É este catálogo obra do nosso bom Amigo António Silveira Catana, porventura quem mais está documentado sobre a santa raiana.
Trata-se de um livro de muito boa apresentação e bem escrito.
No entanto há alguns aspectos que eu gostaria de ver lá expostos, mas cada um organiza a obra como lhe convém. Os aspectos são a problemática pre cristã deste culto, aliás era quase omissa na exposição, as relações com Igaedus, deus indigena cultuado no mesmo local e por fim uma bibliografia segura acerca da Senhora do Almurtão, não só em material impresso, como em material não livro. Quantas versões cantadas existem publicadas da Senhora do Almurtão? Mais de cem, o Dr. Catana poderia dize-lo.
Mas as obras são aquilo que são, e só temos de agradecer ao António Catana todo o esforço, dedicação e entusiasmo com que se lança nestas lides.
Para terminar deixar um reparo. Gostava de ter visitado a exposiçâo equipado com este catálogo, aliás os catálogos servem para acompanhar as exposições, e este foi editado alguns meses depois de finda.
Mais uma edição da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova. Mais uma vez de parabéns.

Sabe tanto como um garoto de 10 anos?

Num concurso idiota que está a passar a esta hora na RTP1, Jorge Gabriel faz a seguinte pergunta de História de Portugal:

-Quem foi o primeiro povo que esteve na Península Ibérica?
Respondeu uma velha, "os Celtas" ao que o apresentador responde, "esses também lá estiveram, mas errou foram os Iberos"

IBEROS?

No Paleolítico Inferior já existiam IBEROS?!?!

Bom Ano de 2008.

Espero e desejo ardentemente um Ano de 2008 portador de felicidade, saúde e que os desejos mais intimos dos "passantes" neste Blog se concretizem. Quanto a este Joaquim Baptista decerto que continuará a importunar quem cometer atentados contra o nosso património, e a denunciar neste e noutros locais essa actividade. D*us queira que tenha menos que fazer que no ano passado,