Museografia de Idanha-a-Velha

Os primeiros museus a aparecerem na Beira Baixa são de cariz arqueológico. Passados 100 anos, os melhores Museus são arqueológicos. Assim vejamos, o Museu Francisco Tavares Proença Júnior de Castelo Branco, embora com a exposição arqueológica restrita, ainda é mesmo assim uma boa exposição, embora haja muitas opiniões contrárias. Vila Velha de Ródão possui um bom Museu de materiais arqueológicos, admiravel, diremos mesmo. Neste domingo foi inaugurado no Fundão o Museu arqueológico municipal, também ele com materiais de primeira categoria, para uma região que em termos arqueológicos ainda deixa muito a desejar, quando a compararmos, eventualmente, com Idanha-a-Nova.
Em Idanha-a-Nova, mais concretamente em Idanha-a-Velha, já houve vários núcleos museográficos de materiais arqueológicos que têm sido esvaziados paulatinamente e com grande precisão. As colecções em Idanha-a-Velha começaram com o impulso do morgado Marrocos que fundou o chamado "Museu Lapidar Egeditano"numa capela românica de antiga evocação a S. Sebastião e recuperada para o efeito. Aí se foram recolhendo lápides e outros materiais arqueológicos que iam aparecendo no decurso das actividades agricolas, ao mesmo tempo salvaguardando a ida para Lisboa, destino esse que calhou a centenas de peças nos alvores do século XX. Com o começo das escavações por parte de D. Fernando de Almeida, a Sé é recuperada e para aí são enviadas as lápides do anterior Museu, assim como são reenviadas de Lisboa as peças que para lá tinham ido. A Sé ostenta então a maior colecção de epigrafia romana, encontrada em um só local, em Portugal. Diriamos espectacular (infelizmente só damos valor às coisas quando as perdemos). Na pequena capela de S. Dâmaso nasceria entretanto um núcleo de materiais cerâmicos e outros provenientes das escavações.
Actualmente nada resta destes núcleos museográficos. A epigrafia de Idanha-a-Velha está dispersa pela aldeia. Uma parte no contentor(mamarracho) epigráfico, outra parte espalhada ao ar livre pelas cercanias da Sé à mão de semear e outra parte dentro da cerca da casa Marrocos, debaixo de um telheiro em ruínas. A desorientação é total e organizada.
Quanto aos materiais arqueológicos só perguntando, nem sei bem a quem.

Perante estes factos, e estando presente ante a maior e melhor estação arqueológica da BeiraBaixa e das melhores do país, não seria de fazer localizar em Idanha-a-Velha um Museu Arqueológico de raíz para se proceder á protecção, registo, exposição e restauro de todo este manancial? Infelizmente parece que não existe ninguém interessado numa coisa dessas, sempre é melhor que as riquezas da Egitânia estejam por controlar, podendo constituir um apetecido "saco azul" a que muita gente já terá tido acesso. Controle? Nunca, assim é que está bem...

A Paixao das Árvores

(Benasque - Aragon)

(Benasque - Aragon)


(Sant Llorenç - Catalunya)

The tree which moves some to tears of joy is in the eyes of others only a green thing that stands in the way. Some see Nature all ridicule and deformity, and some scarce see Nature at all. But to the eyes of the man of imagination, Nature is Imagination itself.

William Blake, 1799, The Letters

Taberna dos Inconformados

Como é da praxe hoje é mais uma vez o meu dia de publicar na Taberna.

Per bruixa i metzinera. La cacera de bruixes a Catalunya

Esta é uma exposiçao que está neste momento patente no Museu d'Història de Catalunya.

Mais que uma exposiçao sobre a bruxaria medieval enfocada no ambito social, histórico, cultural ou mágico, esta desenha apenas em traços largos o percurso da bruxaria como algo natural na sociedade até centrar-se finalmente na "caça às bruxas" e nos motivos pouco claros que fizeram deste episodio um caso de histeria mundial. É uma exposiçao que basea-se no "diz que disse" das actas da Inquisiçao ou Tribunais Civis pelo que algumas alegaçoes (ou praticamente todas, uma vez que também muitas delas foram reveladas baixo tortura) sobre as bruxas e seu comportamento têm pouco fundamento. Mas isso é deixado claro desde o inicio.

Ainda assim é uma exposiçao bastante interessante e traz à luz muita documentaçao sobre processos inquisitoriais na Catalunya y bastante iconografia, mas que aporta pouco para gente a quem o tema interessa... digamos que... mais profundamente ;)

Esta exposiçao está neste momento a ser protagonista duma pequena discussao no meio pagao espanhol, pelo facto de estar a ser levada à letra. Nao, os historiados que levaram a cabo a investigaçao nao acreditam que as bruxas voavam em vassouras, que faziam pactos com o diabo, nem tampouco acreditam que estas eram causadoras de tormentas ou de más colheitas. Decidiram apenas enfocar a exposiçao neste "diz que disse" (o que de resto lhes assegura uma posiçao bem mais confortavel... possivelmente se fizessem um aprofundamento mais dirigido à bruxaria medieva em si mesma, aí sim poderiam causar polémica... ou nao... sabemos lá!).

Bom, de qualquer maneira... se aconselha. Nestas coisas se aconselha sempre a aproveitar pois ocasioes para dar uma olhadela a uma exposiçao sobre o tema nao sao abundantes. A informaçao sobre a exposiçao está no site do museu que coloquei em cima.

Aos meus companheiros

Espero que decidam com lisura, o que eu não acredito, e que durmam de consciência leve. Até sempre.

Onde o Blog já foi visto



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Museu Arqueológico do Fundão



No próximo domingo será inaugurado o Museu Arqueológico Municipal José Monteiro no Fundão. Na cerimónia será apresentado o número 4 da revista EBVRÓBRIGA.

Mais cruzes "judaicas"

Desta vez as cruzes ditas "judaicas" serão tema de uma exposição na Covilhã, segundo nos revela o jornal Diário XXI.
Quando serão reveladas as de Castelo Branco?

A Taberna dos inconformados

Hoje é dia do autor deste Blog dar colaboração, nesse Blog colectivo, Aliás as segundas-feiras pertentem-me.

*%$%&$#*&*$#%& (censura aplicada por possivel agressao à susceptibilidade alheia)

Andava eu toda contente colocando os marcadores em cada um dos posts quando me apercebi.... $¡%$&¿%"#*&%¿%$*&¿¡%$¿#... desculpem.... estou possessa... descubri que... o que é que tenha sido, comeu-me parte dos posts sobre a viagem à Escócia. Textos dos quais nao tenho cópias gggrrrrrrrrr (agora tento respirar e manter-me tranquila... imagina um bosque... com arvores altas e folhas verdes... os passarinhos cantam... o vento passa pelas folhagens e acaricia-te o rosto...) Ou melhor, levantou-se uma rabanada de vento e emaranhou-me os cabelos e entrou-me uma folha para o olho... e ESTOU POSSESSA!!!!

(respiraçao... a respiraçao é importante...)

---cerca de 30 minutos depois---

(respira... relaxa...) Descubri agora que a %$#¿%*¡$# das etiquetas podiam colocar-se no próprio menu de editar... nao precisava de entrar na %$&#@?¡*# do post e teria assim evitado que se apagasse parte do $º#%&@¿#¡ do texto. (Acho que nunca disse tantos palavroes numa mesma frase... É que tou mesmo muito irritada...)

É carnaval e ninguém leva a mal... verdade?

Já passou bastante tempo, nao é? Pois, entre exames, excesso de trabalho e crises existenciais... VOLTEI!!! E nao levam a mal o meu silencio... espero :)


Passou Imbolc e chegou-nos o Carnaval. Infelizmente nao me desloquei para assistir. Neste momento estou como uma freira enclausurada em casa entre apontamentos de patologias e bioquimica e livros imensos de anatomia e fisiologia. Mas deixo-vos umas quantas fotos sobre esta celebraçao que invocam inequivocamente as suas origens como festa de fertilidade. (fotos de localidades do Pirineo aragonês)




fig.1 - Carnaval de Bielsa ; fig.2 - Carnaval de Nerín ; fig.3 - Carnaval de Bielsa


E sim, vou tentar ser mais assidua ;P
(Agora vou assim a correr voltar a estudar, pois fiz uma pequeeeeena pausa, que já vai em 3 horas... por isso me afasto do pc quando tenho que estudar... levamos sempre mais tempo do que esperamos.)


Ainda a história do machado de bronze do Fundão

Da caixa dos comentários retiro o último comentário, por o que lá está exposto ser muito grave. Há graves acusações, histórias mal contadas e culminam com a saída do país do dito machado da Idade do Bronze, nas boas. Tudo isto é muito grave e um esclarecimento impõe-se.

Julio disse:

e facto um filme daqueles tipo a fuga dos paraliticos para o deserto.
Na verdade o Fundao ainda nem musem tem pois nada passa de um projectod e rapa tacho existe apenas um instituto e a idea de fazer esse museu, mas os atrefactos foram-se reunindo para fazer um museu e segundo me informei o Dr Joao Rosas parece ser arqueologo, mas daqueles peritos em perder coisas de valor historico como um tal de um livro, mas...
O fato è k o machado s eencontra comigo aqui na california pois meu pai com o medo de alguem lhe roubar o machado aproveitou a viagem de um primo meu ao nosso Saudoso Portugal para lhe enviar o machado por isso esta agora seguro.
MAs voltando ao caso do machado de onde n saimos ainda o processo disciplinar esta em andamento na camara municipal do fundao, nao sei ainda onde isto ira parar, mas eu mantenho o pessoao informado da histiria de um poeta pobre que confiou o machado a um esperto que lhe tentou passar a perna com faro de arqueologo ou de vilao va-se la saber.
Com tudo isto fico a pensar que raio se precisa de saber para se ser director de algo de um museu, perder uns anos num curso conhecer umas pessoas e nao passar de um ...

6:25 AM

Stalin não faria melhor



As notícias saídas em jornais regionais, em tons sensacionalistas, de pretenças 70 novas descobertas na zona limitrofe de Monsanto da Beira, tiveram em mim uma reação lógica de puro desabafo neste Blog (10 de Janeiro de 2007), ao me sentir esquecido, enganado e a quem foi sonegada informação por parte de um elemento da AEAT que eu pensava e contava ter como Amigo.
Ontem chegou-me uma carta registada da Associação de Estudos do Alto Tejo, convocando-me para uma reunião, com a ordem de trabalhos que no ponto 4, consta:

Análise do conteúdo do blog "porterrasdoreiwamba" e discussão das medidas a aplicar ao autor

Quer isto pois dizer, que antes de me ouvirem já me condenaram, sim porque o que está em causa são as medidas a aplicar ao autor do blog, nunca falando daqueles que violaram a ética e que tudo esconderam e sonegaram, esses sim...

Mas não me importa, já estou condenado, ao bom estilo stalinista.
E eu ralado....

Bonecos / Doodles


...

Judiarias da Estremadura Espanhola

Interessante artigo num jornal israelita. A ler com atenção pelos apaixonados do tema. É já o quinto contributo.

O Jornal online é muito interessante e dá-nos a conhecer a realidade israelita internamente.

Adufe 10

Acaba de sair a público ADUFE no seu número décimo, revista cultural de Idanha-a-Nova. Continua com um bom aspecto gráfico e revela alguns apontamentos curiosos acerca do concelho idanhense, especialmente um artigo sobre os diversos tipos de moinhos existentes no concelho.
Uma publicação que se saúda e se espera continue periódica.

A roubalheira de peças arqueológicas

Segundo o Público a polícia espanhola prendeu 52 pessoas por pilharem peças arqueológicas. Em Portugal existe uma intensa actividade deste tipo e ninguém liga. Já nestas páginas nos queixamos, mais do que uma vez, deste tipo de acções. A região está a saque, mas quem se importa? As colunas desaparecem, as mós, os silhares, as pias, etc.
Seria bom que as nossas autoridades fizessem mais vistorias a certas carrinhas, que geralmente circulam sem seguros, inspecção e conduzidas por pessoas que se calhar nem a carta têm. A partir daí, por certo se descobriria muita coisa. Ficaria-mos surpreendidos.
"QUEM CABRITOS VENDE E CABRAS NÃO TEM DE ALGUM LADO LHE VEM"

Que frustação!!!!!



Como não assisti à inauguração da exposição "10 anos do Centro Cultural Raiano" conforme vinha no convite, aproveitei a tardinha do dia de hoje para visitar a dita. Como tal dirigi-me ao CCR e perguntei se podia visitar a exposição que tinha sido inaugurada na sexta-feira. Disseram-me que sim e lá me fui dirigindo às salas de exposição. Entrei na primeira e estava patente uma exposição fotográfica de motivos publicitários que não me chamou a atenção. Segui para a seguinte e vejo no chão uma espécie de linha de comboio com as linhas constituídas por lâmpadas florescentes assentes sobre tábuas, e estas sobre gravilha.

Isto é que é a exposição sobre a década do CCR? Sinceramente, como exposição nem sei como definir. Porém gostaria de saber quem está actualmente a fazer a programação do CCR neste aspecto. Não sou exactamente um analfabeto em arte, mas digo abertamente que isto nem tem pés nem cabeça, ainda por cima em Idanha-a-Nova? Faz-me lembrar o mamarracho a que chamam exposição e que vem ocupando nestes últimos meses a Sé de Idanha-a-Velha.. Isto é demasiado mau para ser verdade, demasiado.

"Algo vai podre no reino da Dinamarca"

Mais obras em Idanha-a-Velha

Estão já a decorrer as obras da futura ETAR de Idanha-a-Velha. Será situada a poente do cemitério, em zona já intervencionada arqueologicamente no sentido de verificar se existiam vestígios arqueológicos, pois umas centenas de metros a norte está localizado um forno romano, publicado por D. Fernando de Almeida. Dessa intervenção, parece não ter resultado nenhum vestígio. Sendo assim a maquinaria pesada já entrou em acção, vigiada por perto pela arqueóloga Patrícia da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova. Só esperamos que o acompanhamento seja feito de forma profissional e sem ambiguídades, como estamos fartos de ver. Para bem da arqueologia e da credebilização dos arqueólogos e das empresas.

Quando a ETAR entrar em funcionamento, possibilitará uma maior qualidade na água do rio Ponsul e a erradicação dos maus cheiros e poluição, actualmente existentes.

Uma obra que também acompanharei de perto e aqui irei informando

Uma década do Centro Cultural Raiamo

Vai ser comemorado hoje o 10º aniversário do Centro Cultural Raiano em Idanha-a-Nova. Infraestrutura cultural erguida no tempo em que Joaquim Morão Lopes Dias era Presidente da Câmara Idanhense. Começou o CCR por trabalhar bem a principio, mas com o tempo a sua actividade foi sendo menor e discutivel. Mesmo assim temos que lembrar algumas iniciativas de mérito que por lá passaram, como foram as exposições de arte sacra no ano dos 800 anos, a arte fóssil, e as exposições permanentes sobre os oleiros e a agricultura, embora estas ao fim de algum tempo começassem a ter um aspecto de falta de manutenção, o que não devem mostrar no dia de hoje. Paralelamente será atribuída a uma avenida de Idanha-a-Nova o nome de Joaquim Morão e será feita uma solena homenagem ao ex-edil idanhense. Será depois inaugurada no CCR uma exposição " 10 anos do Centro Cultural Raiano", seguindo-se um Porto de honra, terminando as comemorações com um concerto pelo ESART Ensemble, igualmente no CCR. Achamos muito bem, mas achariamos ainda melhor se o CCR cumprisse as funções para que foi feito e idealizado. Cristalizou, regrediu, caiu na rotina. Continuamos a achar bem que se comemorem estas datas, mas parece-nos que alguém se esqueceu dos 10 anos da Biblioteca Municipal de Idanha-a-Nova, esta inaugurada a 11 de Julho de 1996. Ambos são equipamentos culturais importantes no concelho, porquê comemorar a década de um e esquecer o outro. Não será pela "perfomance", por certo. São critérios. Quanto à homenagem, é merecida, mas se dependesse de mim (ainda bem que não tenho qualquer poder) talvez esperasse mais uns tempinhos. A propósito, recebi convite para estar presente nas cerimónias.
Foto retirada di site da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova