
A qualidade gráfica e ilustrativa é muito boa, aliás já estamos habituados a essa marca de qualidade neste periódico.
É pena o novo programa de Herman José já não ser o privilegiado local televisivo onde as todas as espécies raras que pelo País ainda vão surgindo eram apresentadas à Nação para gáudio e enriquecimento cultural de todos nós. Quem não se recordará de um tal agente turístico Zé Camarinha, do grande sábio prof. Alexandrino, da extraordinária vidente-bailarina Linda Reis e a sua pombinha… Tudo o que é bom acaba. Paciência. Gostaríamos de aí ver (mesmo com o capucho terrorista), este novo cromo de Portugal (digo da Lusitânia - qual gatos qual quê) sr. Endobelis Ampilua , presidente da Associação pela Cultura Étnica Lusitana "Trebopala", criação virtual que luta pelo renascimento cultural do dito povo Lusitano.
Depois de ler o site da tal ACEL-Trebopala gostaria de deixar aqui um grande bem haja aos seus mentores pelo deleite lúdico-cómico que me provocaram. Não é todos os dias que se lêem coisas desta natureza. `Pena é que a prosa por vezes resvale para ‘metáforas’ encobertas tão próximas do racismo e da xenofobia. Mas o seu a seu tempo. Como isto não é para levar a sério, enfim. Pois o rex Ampilua e o seu bando terão ficado muito abalados com alguns comentários que aqui proferi relativamente à dita associação por si gerida. Fala de difamação da sua pessoa e acrescenta: «Os autores desta campanha de difamação contra nós, pertencem à escumalha mais abjecta (…) estão coutados num blogue (de nível de conversação cultural tão baixo que mais parece uma boca de sarjeta entupida) de seguidores de um tal rei bárbaro Wamba (…).
Um deles, o promotor do dito "site", criatura aliás com um dom quase natural para deturpar factos reais e uma facilidade esquizofrénica para o terrorismo verbal, deleita-se prisioneiro da sua própria soberbia a atacar a nossa associação e o nosso povo (...), a empolar a cobarde mesquinhez e pseudo "moralidade" tradicional dos rascas elitistas portugueses (...), o dito "doutor", com seus reconhecidos delírios "culturais" (o que só por si justificaria uma ida ou consulta ao seu psiquiatra) mas com um enorme défice de tolerância social (...) e de ego cheio (em bicos de pés, já o vemos) acha-se no direito e qual arauto da "liberdade de expressão" (mas com o rei na barriga) de com os seus comentários arrogantes e rascas, de compulsiva e ridiculamente julgar, achincalhar e condenar o humilde trabalho feito pela nossa associação e pelos nossos colaboradores (especialmente os artesãos), (...) chegando mesmo a "instruir-nos" quando ao direito de nós usar-mos ou não as fotos "plagiadas" (externas diga-se de passagem, nunca reivindicadas como nossas e que embora obra de terceiros são pertença do nosso povo, uma vez que elas mostram a riqueza natural e cultural da nossa Lusitânia) inseridas na nossa página na internet (que não é comercial mas sim sócio-cultural).»
Não transcrevemos mais. Dá para ver o que pretendem: um ataque pessoal e mais nada. Como sempre! Mas dá para perceber que estes senhores sabem muito de esgotos e de sargetas entupidas, possuem dons que os possibilitam fazer consultas psiquiátricas via net à distância e são muito dados a actividades artesanais. Neste ultimo ponto, oi só uma questão de gosto meus caros artesãos lusitanos. Como gostam muito da tradição edito junto dois espantosos figurinos retirados de uma velha obra ( a memória do eng. Veiga Ferreira que me desculpe) da moda lusitânica que necessita de ser recuperada. Vão ver que há apoios. É realmente pena que no vosso site não haja referências ás magnificas tecelãs lusitanas com os seus respectivos teares verticais e rocas. Aqui fica a ideia e boa sorte.
A associação também está a desenvolver um importante trabalho de difusão de imagens recolhidas em terras beirãs e outras para além da actual fonteira. A maior parte são recortes de material promocional do turismo da Naturtejo e, principalmente, da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova o que não deixa de ser um paradoxo para quem quer tanta independência. Mas há excepções nesta apropriação de material gráfico público mas que tem autor. É caso da foto que reproduzimos onde se vê a bandeira da ‘pátria’ querida. A foto foi tirada junto do Centro Cultural Raiano. Não sabemos é se terá sido no dia da inauguração da exposição do artista que há uns tempos aqui criticamos e que um tal Longinus ripostou chamando-me todos os nomes e mais alguns por não ter compreendido tão importante obra de arte lusitânica?. O que achará o vereador responsável por este espaço cultural, o eng. Armindo Jacinto, desta divulgação das vistas da próspera vila de Idanha-a-Nova alcançadas a partir do CCR, bondosamente patricionada por este grupo de lusitanos?
Pela nossa parte, um grande obrigado a Acel-Trebopla por toda esta divulgação do turismo interior de Portugal. È pena haver poucas fotos de Idanha-a-Velha. Alguma coisita se havia de arranjar. Quanto aos despropositados ataques pessoais uma certeza: Nós não nos alimentamos de ódios, intrigas, vinganças, soberbas e afins.
Eu sou o Joaquim Batista. Vivo em Idanha-a-Velha. Sou marido, pai, trabalho. E tu Endobelius Ampilua? Lá te vais entretendo na… lusilândia não é? Quiçá, quiçá, quiçá
PS- Envia lá a carta se quiseres para o processo cómico ficar completo. Acrescenta é o curriculum.
Out of this wood do not desire to go:Act 3, Scene I, "Midsummer Night's Dream" - Shakespeare
Thou shalt remain here, whether thou wilt or no.
I am a spirit of no common rate;
The summer still doth tend upon my state;
And I do love thee: therefore, go with me;
I'll give thee fairies to attend on thee,
And they shall fetch thee jewels from the deep,
And sing while thou on pressed flowers dost sleep;
And I will purge thy mortal grossness so
That thou shalt like an airy spirit go.
No inicio de Abril ( e isto esqueci-me de mencionar nos ultimos posts) assisti ao concerto da Lisa Gerrard em L'Auditori de Barcelona. Ela é francamente incrivel e o espectáculo foi comovedor.
Mas devo confessar que o concerto que vi de Dead can Dance no equinocio de primavera de 2005 foi bastante mais impressionante. Apesar de gostar mais do trabalho dela, Brian Perry faz um contraponto interessante no resultado final do trabalho conjunto.
Depois do concerto fomos para casa de uma amiga comer crepes com chocolate e beber gins tónicos e admirar, entre gargalhadas, as fotos espantosas que tirei do concerto... nao é que se visse exactamente de quem era o concerto, mas eram absolutamente...hum... eu diria que... artisticas. Lamento, nao sei o que lhe fiz...
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Aqui está ela... uma das menos artisticas (e por isso uma das mais nitidas...)
E aqui está a prova de que os crepes com chocolate estavam de morte: pratos vazios e guerra pelo ultimo pedaço (uma foto nao menos artistica ;p nesse dia as fotos nao me sairam lá muito bem, pois nao?)
«Eu sou Endobelis Ampilua (nome de baptismo pagão Lusitano) e sou presidente da Associação pela Cultura Étnica Lusitana-Trebopala, a associação mais importante membro da Confederação da União Lusitana) e gostaria de expressar (corrigindo...) o seguinte a respeito desse mesmo trabalho porque muitas foram as incorrecções e mentiras divulgadas.
Primeiramente, é lamentável que os portugueses, ou as elites políticas, sociais, culturais e económicas portuguesas, assim como os seus serventarios do poder, como é o caso dos jornalistas, continuem a insistir na falácia da extinção Lusitanos. E só para sermos muito breves, porque com o vosso jornal não adianta muito dizer a verdade, porque tal como os outros jornais portugueses, vocês praticam a auto-censura do politicamente correcto.
1º: Primeiro ponto. Os Lusitanos não se extinguiram. Os Lusitanos ainda vivem (e muitos estão bem de saúde felizmente) nos seus solares na Lusitânia (ou Beira interior, como preferem os portugueses).
2º: Segundo ponto. É mentira nem faz sentido que alguma vez tenha existo uma imigração massiva de colonos "romanos" depois da invasão e conquista da Lusitânia por Roma. Antes que tudo, porque os romanos nunca existiram como povo racial ou étnico, eram apenas um povo mestiço e romanos só politicamente (assim como hoje são os norte-americanos) de diversas origens culturais e raciais, falavam uma língua crioulizada itálica de influência sabina, umbria, falisca e sobretudo osca, embora empregassem alguns vocábulos gregos e etruscos. Com excepção daqueles que trabalhavam para a administração do Estado ou do Império Romano (leia-se, cobradores de impostos) cujos funcionários eram sim umas centenas de "romanos" ou mercenários ao seu serviço, o resto da população era maioritariamente nativa Lusitana, Calaica, Cónia, Celta ou outra. Tanto na época romana como nas outras posteriores, cujos povos invasores foram completamente assimilados.
3º: Terceiro ponto. Os portugueses não são Lusitanos. Nem descendem destes, quanto muito alguns deles poderão ter sangue Luso. Porque simplesmente os Lusitanos ainda existem nas suas terras da Beira interior. Excluindo as cidades e vilas sedes de concelho (da Beira interior, repito) onde existem populações maioritariamente mestiças de sangue Lusitano (muito poucos serão mestiços portugueses) e onde os Lusitanos puros são uma minoria, contudo, aldeias e povoações isoladas e montanhosas aqui da Beira interior (a Lusitânia) ainda há que têm uma população 100% Lusitana pura! É verdade que os Lusitanos são "portugueses" (porque somos obrigados a ter a cidadania portuguesa), porque continuamos a ser étnica-racialmente Lusitanos e politicamente "portugueses". Mas também é verdade, que os portugueses (racialmente mestiços ou descendentes de invasores estrangeiros) não são étnicamente Lusitanos. Excepto, na maioria dos casos , aqueles que nasceram na região interior das Beiras. Agora já sabem porque é que as classes dirigentes desta terra nunca gostaram deste país nem do seu povo. As elites politicas e culturais portuguesas sempre maltrataram o povo Lusitano. Fazendo, por exemplo, uma comparação, com outros países, deríamos que os, os Bascos são espanhóis (étnicamente vascos e civico-politicamente espanhóis), mas que os espanhóis não são bascos (excepto, claro a maioria daqueles que nasceram no País Basco). Em relação aos Franceses e corsos, ou aos russos e chechenos, ou ainda a muitos outros como os turcos e curdos, também poderíamos dizer o mesmo. Bem, adiante.
4º: Quarto ponto. Não é verdade que o Professor Jorge Alarcão (ou outro qualquer historiador/ arqueólogo português ou estrangeiro) tenha sido o autor da primeira carta geográfica do território Lusitano. Os primeiros fomos nós, os membros fundadores da ACEL-Trebopala, bastaria vocês jornalistas irem ao nosso "site" (http://aceltrebopala.home.sapo.pt) que já existe há mais de um ano disponível aos mais interessados em saber da verdadeira realidade Lusitana, de hoje e de sempre.
Haja coragem em dizer a verdade, e asumirmos aquilo que somos.»
Atenção. O erro ortográfico do ‘asumir’e outros são do sr. Ampilua.
Bom. Lá consultamos o dito anunciado site que constitui, sem dúvida, uma deliciosa patranha. Criado, quem sabe, por algum génio já reformado ou por alguns funcionários públicos sem nada para fazer- e, portanto, com muito tempo para conceberem estas brincadeiras, no site há engenho e saber. Quanto à arte… Basta clicar no Museu para vermos como está a coisa. Credo! Que gosto! As peças são réplicas do quê? São o resultado de algum curso de artesanato barato aplicado à arqueologia? Que mãozinhas para as artes manuais… Voltaremos a tão interessante documento onde se terão gasto milhões e milhões de neurónios. È obra. È uma grande obra. Pouca imaginação. Muito plágio. Mas uma das mais notáveis páginas de gozo a propósito dos lusitanos. Já agora apenas mais um comentário. O sr. Ampilua não sabe que é feio utilizar fotografias e imagens não indicando a sua proveniência e autoria (Tem alguma coisa contra as terras da Idanha) A ‘pátria lusitana’ não respeita os direitos de autor ou é para manter a tradicional fama da ladroagem lusitânica? Mas como isto é para rir… desculpa-se. Ainda relativamente a este assunto, recebemos uma simpática carta de Mendes Rosa do Fundão onde faz questão, e bem, em se demarcar de todas as infelizes considerações da já tão célebre, reportagem da Nação dos lusitanos saída na revista do Expresso. Em telefonema posterior (isto tem sido só telefonemas e mails) voltou-me a repetir o teor da missiva dando-me a ocasião para reforçar que ainda não sou licenciado vulgo ‘sór doutori’ pela Universidade Aberta. Lá chegaremos. Quanto à epistola resolvi reproduzi-la pois considero ser importante a sua divulgação considerando esta nova guerra lusitana. Congratulamo-nos de não haver no museu do Fundão qualquer referência a Viriato ou aos Lusitanos. Ainda bem que assim é já que se tivéssemos atendido apenas às noticias saídas antes e aquando da inauguração do Museu do Fundão as palavras Lusitânia, lusitanos e afins foram profusamente emitidas e reproduzidas. Sem dúvida que há que ter cuidado com o que se diz aos ‘bandidos’ dos jornalistas da seita lusitânica.