
Segue-se o enunciado das obras previstas: «Será requalificado o Castelo, a Praça Postiguinho de Valadares com o edifício da PT e a Praça Luís de Camões. Será também construído o parque de estacionamento subterrâneo no Largo de São João e requalificada a muralha com um espaço de lazer e panorâmico, como é o passeio da Muralha» afirma Morão, realçando que: «É um investimento muito importante e que dinamizará o centro histórico da capital de distrito». É excelente indício que palavra requalificação apareça, nesta declaração, tão repetida. Esperamos é que tudo o que ela significa seja tido em consideração à hora da materialização dos projectos Projectos aliás, que só para o cidadão desatento é que são inovadores. Basicamente são os mesmos que haviam sido apresentados pela Sociedade Pólis Castelo Branco e que por várias razões não foram desenvolvidos. Intervir nas zonas históricas é muito mais, mas mesmo muito mais do que obras de construção civil camuflando com betão armado a ruína da cidade histórica. A ver vamos. Estaremos, desta vez, muito mais atentos para que, e por exemplo, as conclusões dos apressados acompanhamentos arqueológicos realizados com diminutos meios, durante as empreitadas do Pólis albicastrense sejam outros que o desta trivialidade: (Durante os trabalhos arqueológicos realizados no Largo da Sé, Rua da Sé e Praça D. José I, não foram identificados vestígios com interesse arqueológico. Durante os trabalhos arqueológicos realizados nos futuros parques de estacionamento e túneis da Devesa, não foram identificados vestígios com interesse arqueológico. Durante os trabalhos arqueológicos realizados no Jardim do Paço Episcopal, não foram identificados vestígios com interesse arqueológico. Centro de Monotorização e Interpretação Ambiental: Durante a fase de escavação da área para implantação do novo edifício não forma detectados quaisquer vestígios de interesse arqueológico, uma vez que nos encontramos numa zona de formação granitica, identificando-se o substrato rochoso à superfície, como é confirmado através do levantamento fotográfico.). Uma realidade que já é lida como a maior excepção da arqueologia urbana portuguesa. E nós que pensávamos que grande parte da história albicastrense ainda jazia no sub-solo. Qual quê?