E o Outono chegou...

E por onde andei eu? Fui passar este fim-de-semana do Equinócio de Outono numa aldeia de 500 pessoas, perdida na serra que está a norte de Madrid.

E fazer o quê? Pois, aprender a fazer saboes, cosmética natural, velas e incensos em casa dos imparáveis Lina e Juan que organizam o Taller de las Tradiciones em Valdemanco.

Este casal, junto com uns amigos, dá cursos de "tradiçoes esquecidas" como os que frequentei, ou podes ir aprender a fazer queijo, enchidos, pao, cesteria, trufas e bombons de chocolate ou na Primavera podes ir passear para o campo e aprender mais sobre as características e aplicaçoes de plantas, árvores e arbustos. É um trabalho verdadeiramente interessante. Aqui está uma amostra do que elaborámos.


Este fim-de-semana foi impressionante. Voltei para Barcelona acabada de tao cansada (digamos que ainda sao uns quantos quilometros até Madrid e trabalhei na sexta e na segunda... às 8h da manha :s), mas com uma energia (desde que cheguei estou naquelas mega-limpezas de Outono, e estou a mudar tudo de sítio, sim, sim, estou também um pouco louca).

Mas a verdade é chegas a um momento em que a vida se desembaraça sozinha dos nós que lhe deste e os teus problemas deixam de o ser. O futuro deixa de ser turvo e a tal luz ao fundo do túnel... a verdade é que brilha.

O Outono chegou... e trouxe muitas bendiçoes, muita energia para seguir em frente, trouxe muita claridade para este caminho que trilho...

Quem acode ao freixo do rei Wamba?




















Consta que o rei visigodo Wamba tenha sido natural da Egitânea, o que se deve por em causa, pois isso não passa de mais um mito, no entanto ao longo dos séculos as pessoas foram arranjando coisas que justificassem a sua passagem por Idanha-a-Velha. Assim arranjaram-lhe um palácio numa casa quinhentista com um paredão romano de boa estampa. Arranjaram-lhe um bairro onde nasceu, denominado Guimarães, por certo para contrapor à cidade de Guimarães, outra candidata a albergar o nascimento de tão garbosa personagem. Mas o eposódio mais curioso prende-se com a lenda da vara que reverdejou. A descendencia dessa vara milagrosa encontra-se em Idanha-a-velha, só podia ser, na Tapada do Jardim a escassos metros do Ponsul. Mas como tudo na velha Egitânea também a árvore, um freixo, está ao mais completo abandono. Está a precisar de uma boa poda, senão morre. Nos anos 60 D. Fernando de Almeida decidiu pôr à sua volta uma cercadura de pedras de granito para a proteger e musealizar o espaço. Nessa cercadura mandou colocar uma inscrição, mandada fazer para o efeito, imitando uma lápide romana com os dizeres " VVAMBA / EGITANIENSE ", que segundo o Padre Joaquim Martinho, relator para Idanha-a-Velha das Memórias Paroquiais, aí estava, mas que entretanto tinha desaparecido. Pois, essa mesma cercadura está também hoje em ruínas e já cairam algumas pedras. Não sendo uma grande obra, não seria muito, pedir a quem de direito que promovesse o seu restauro, mas a quem? IPPAR? Câmara?Dono do terreno?Junta de Freguesia?. Por certo todos vão aproveitar para "impontar" para os outros tal responsabilidade. Também não seria escandaloso que limpassem a árvore. É um apelo que faço, espero ser ouvido (espero que não seja preciso sentar-me)
Vamos lá, mãos à obra...

Mais um documento sobre o arqueólogo da Egitânea


Foto de D. Fernando de Almeida em Idanha-a-Velha no ano de 1959
Foto Arte de Martins & Barata (Castelo Branco)
Arquivo Pedro Miguel Salvado

Bibliografia básica sobre Idanha-a-Velha



As obras cujas capas se expõem, foram editadas já há muitos anos, mas ainda hoje são instrumentos importantissimos para qualquer abordagem à história da velha Egitanea. Ambos estão mais que esgotados há longas décadas. Não haverá nenhuma editora ou autarquia interessada na sua reedição? Seria um bom serviço à cultura e penso que financeiramente era um investimento que teria o devido retorno. Haja vontade...

Afinal a exposição vem a Idanha-a-Nova ou não?

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Esta exposição, elaborada pela ARA com o apoio de diversas autarquias, propõe-se a divulgar 25 sítios arqueológicos emblemáticos da Beira Interior, viajando por diversos concelhos.

A estadia da exposição em Idanha-a-Nova estava prevista para a data compreendida entre os dias 15 e 28 de Janeiro de 2006, mas afinal a exposição não veio, ou será que foi uma exposição secreta, só para elites esclarecidas?

Mas afinal o que se passou?

Feliz Equinócio de Outono

O Equinócio de Outono aproxima-se...


Ps - A imagem é Outono, pormenor de As Quatro Estaçoes de Mucha.

Mosaico romano na Beira Interior

Imagem do semanário O Interior


Segundo notícia do semanário O INTERIOR, apareceu na semana passada no arqueossítio da Coriscada (Meda), um painel policromado de mosaicos romanos datável dos séulos II ou IV DC.
Segundo o arqueólogo António Coixão " o mosaico policromado, com um medalhão central onde surguem os deuses Baco e Mercúrio... é parecido com um mosaico de Conimbriga, apresentando várias cores como o branco, cinzento-escuro e claro, avermelhado e rosa".

Temos de destacar a extrema importância deste achado, tanto pela sua raridade nesta zona do país, assim como pela sua riqueza a nível das cores e da composição. Na região sul da Beira Interior ainda só foram detectados dois locais com mosaicos, mas ambos ao que se sabe pobres. O mais antigo foi detectado na Quinta da Várzea (Idanha-a-Nova) por D. Fernando de Almeida e logo tapado. Ao que parece tinha motivos geométricos brancos e negros (nunca vi qualquer foto do mesmo, nem o local está devidamente identificado); o segundo local foi na villae dos Barros (Oledo, Idanha-a-Nova), fruto da escavação de Rogério Carvalho, também de temática e de fabrico simples. Estes mosaicos foram igualmente soterrados.

Curiosamente na Egitânia nunca apareceu qualquer tipo de mosaico, mas eles existiram, pois nas escavações por vezes aparecem tesselas

Rambings

I've just gotten back from taking Indigo for his late-night walk. Or rather, he's taken me - we march down to the grass, have a cursory sniff of the first few trees, and that's that, thank you very much, quick-time back to the house. The final training attempt of the night is undertaken; "Sit."
Just give me the biscuit.
"Sit."
fine, I'll go stand on my bed. Stuff biscuits.
"Sit."
What do you want? Why are you pushing at me like that, give me the freaking biscuit already.
"Sit."
No.
"Oh, alright, have the sodding biscuit."

I'm in a peculiar sort of limbo, not sure whether I'm starting next week or not, whether I'm supposed to be attending meetings or getting myself a job. I walk the dog, make earrings, talk to the bunny, walk the dog... all to the background of radio four and the rumble of the tube. I shop, returning to find Indigo lying where I left him standing nearly an hour before. I feel cruel for leaving him but I know he's not the sort of dog who will lie quietly outside sainsburys. I buy food for him, forgetting my own groceries in an attempt to tempt a palate that I suspect is only fussy because he's seeing how far I'll go to see that he eats. Oxo is rejected in favour of bisto, biscuits over weetabix despite the assurances of the rescue that most greyhounds like cereal for breakfast. Babybel are taken and delicately dropped on the floor, biscuits are taken and then crunched in his bed, leaving a trail of crumbs over the floor of my bedroom. The hoover is eyed with suspicion. Mozarella is consumed with gusto, cheddar is preferred, and carrots are really only acceptable after a few hours soaking in lukewarm gravy.

I wonder what I'll do this time next week - how early will I have to get up to ensure he gets a good walk before I leave for lectures? I have to buy a bike pump so I can cycle to camden instead of squeezing myself onto an already over-full and under-ventilated bendy bus for a tedious journey spent clasping a clammy yellow pole and trying not to hit anyone with my bag while desperately avoiding everyone else's eyes in the peculiar manner of the english on public transport. I will cycle through the park instead, even though I haven't cycled in years, don't own a bag suitable for carrying on a bike - I will have to get a rucksack or something - and I'm not even sure of the way.

I can't believe it's this close. Part of me doesn't want to go back, wants to live a life of not doing very much at all, but part of me is bored, needing something to stimulate the dusty spaces of my brain with the tedium of pH balance and protein synthesis. Even though I know what's coming, have the notes and fool myself into thinking I actually already know most of it. I'm not longer sure I do, though. I'm not sure I ever did.

Part of me wants to pick up and leave - take my dog and my bunny and pack my clothes into a suitcase and just go. Except I don't know where. I don't even know why; I've spent the last year longing for somewhere permanent-feeling, four walls I can call my own and yet the moment I'm withing them I want something more. Perhaps it isn't the need to leave, more the longing for an unidentifiable something - someone - that might complete this space. Until someone enters my four walls, and I am reminded how much I value this sancuary from the world.

Parte da epigrafia à mão de semear
















Por causa das obras a que vão submeter o Pavilhão da Epigrafia, retiraram do seu interior todas as lápides. Tudo correcto, só um senão, uma grande parte delas está ao ar livre numa localização imprópria à sua segurança. Por favor não facilitem, e tenham mais cuidado no manuseamento de espécimes museológicas, isto de ser tudo feito pelas máquinas não é bem assim.
Passamos pelas coisas sem as ver,
gastos, como animais envelhecidos:
se alguém chama por nós não respondemos,
se alguém nos pede amor não estremecemos,
como frutos de sombra sem sabor,
vamos caindo ao chão, apodrecidos.
Eugénio de Andrade

Her Triumph

I did the dragon's will until you came
Because I had fancied love a casual
Improvisation, or a settled game
That followed if I let the kerchief fall:
Those deeds were best that gave the minute wings
And heavenly music if they gave it wit;
And then you stood among the dragon-rings.
I mocked, being crazy, but you mastered it
And broke the chain and set my ankles free,
Saint George or else a pagan Perseus;
And now we stare astonished at the sea,
And a miraculous strange bird shrieks at us.
excerto de A Woman Young and Old
by William Butler Yeats


(foto tirada em Benasque nos Pirineos Catalanes)

A reforma agrária também chegou à Egitânia

A freguesia de Idanha-a-Velha possui um regime de propriedade rural, onde praticamente todo o termo, apenas pertence a duas famílias: Marrocos e Franco. Propriedades estas provenientes das antigas comendas da Ordem de Cristo, entretanto privatizadas após a revolução liberal.

Em 1974, após o 25 de Abril, assistiu-se a um movimento que propunha a distribuição de terras por quem as não tinha e a formação de cooperativas e unidades colectivas de produção.

Idanha-a-Velha estando em situação igual ao Alentejo, não escapou a esta febre a que se chamou reforma agrária. No entanto a ânsia de espoletar esta reforma, afastou desde logo metade da população, e com razão, pois muita gente tinha pequenos chões à renda e mesmo esses foram desvastados pelos tratores dos reformistas. Depois de tirarem as terras aos donos, nada mudou na estrutura produtiva e organizativa. Tudo ficou igual, apenas mudaram os cabecilhas e como tal, progressivamente, a Cooperativa foi ficando mais leve em elementos até que auto-extinguiu. Ainda durou alguns anos, mas nunca foi motor de progresso para a terra, só serviu para encher os bolsos de meia dúzia.

Da Cooperativa Agro-Pecuária da Egitânia fica este raro autocolante para a história, mal contada e sombria da reforma agrária que se fez em Idanha-a-Velha.
Autocolante da colecção de Pedro Miguel Salvado

To the people who are scared of dogs...

Ok, my dog. I know it's not thier fault - they have a phobia. I know he's not exactly a little fluffy toy, he is big, he does like to walk around with his mouth hanging open, but he is fucking terrified by 99.9% of people. There is a goddamned reason why he's walking against the wall and against me, because he's fucking stronger than I am and he freaked out yesterday and almost pushed me in front of a car because of some kid in a pram shouting at him. And he is scared of people so I don't make him walk next to them. Your kid screaming and hiding behind you and you stopping dead in the middle of the pavement is not helping you, her, me, or my dog. Especially when there are three men walking directly behind you who won't fucking get out of the way for some girl and her odd-looking dog. Forcing me and him to walk in the middle of the pavement next to your idiot daughter while she screams at him is not a good fucking idea, if you'd kept walking where you had been he would never have jumped like that and I would have been between him and her.

Deuses encontrados durante um passeio cibernético

Andei a vaguear pela internet e numa pesquisa que fiz encontrei, e devo dizer que com especial agrado, um poema inspirado na mitologia lusitana. Fiquei surpreendida. Mas contente. Aqui têm O Êxodo dos Deuses.

Lembrei-me duma conversa que tive com uma rapariga espanhola que estuda teatro aqui no Institut del Teatre. Vinha duma aula de Teatro Clássico e comentava-me que adorava a matéria pelo facto de que isso possibilitava estudar mitologia. Perguntei-lhe se conhecia algum outro panteao que nao o grego ou o romano. Respondeu-me que conhecia alguma coisa do panteao celta. Surpreendeu-se quando lhe disse que aqui na peninsula ibérica tambem existiam divindades indigenas.

Depois, durante a pesquisa, tive tambem o desagradável recordatório de como a busca pelas raizes pode exceder-se ao ponto de se transformar em xenofobia e racismo. E fiquei triste. Como em tudo, o extremismo é um problema...

Ode aos meus gatos

Enquanto limpava a areia dos gatos ia falando com eles (daquelas coisas que os donos dos animais fazem... longos a aborrecidos monólogos sobre higiene e limpeza). Eles olhavam-me, os quatro, meio curiosos meio entediados. E apercebi-me de que tenho "uns belos gatos". Que outros teriam alinhado comigo nesta aventura de vir viver para Barcelona? É certo que reclamaram um pouco (imaginem 1200 km com 4 gatos a "reclamar"), mas acabam por ser os meus grandes companheiros.

(Aura e Lucas)

(Manawyddan - Mawy para familiares e amigos - com 6 meses em Samhain)

(Liah - a irma de Lucas)

Melhor, metoubrigado

Sim, estou bastante melhor. Creio que o mal do qual pensava padecer, foi apenas sintoma passageiro. Ou entao sou hipocondriaca.

Seja como for, a minha humanidade voltou aos niveis normais e como todo fim-de-semana fui trabalhar tranquilamente (nao, com um sorriso no rosto tambem nao, nao sou masoquista).

Vai tudo bem, excepto pelo facto de que já me cortei duas vezes, uma numa folha de papel outra a cortar uma cebola.

Bom... nem tudo pode ser perfeito ;P

Uma coisa que queria assinalar é que descubri o templo romano de Barcelona. Depois de viver aqui quase 2 anos e nao tendo conhecimento de que o templo de Barcino ainda mantinha umas quantas pedras de pé, tropecei nele durante um passeio com a familia que está aqui de visita.


Este templo estava dedicado ao culto imperial.

Gostam do verde? ;P Pois, o entorno está estranho e o que sobra do templo é basicamente isto, mas quando entrei numa ruela que nunca tinha entrado antes no Bairro Gótico e descubri a entrada, senti aquela sensaçao no estomago de quem descubriu... por exemplo... o túmulo de Tutankamón. Serve?!?

Hoje, de repente, fiquei preocupada

Creio que estou a perder a minha humanidade.

Trabalho no mesmo sitio faz quase 2 anos. Passo o dia com phones nos ouvidos, sorrindo virtualmente a gente, improvisando para incobrir incompetencias alheias. Um trabalho como qualquer um... existindo talvez a excepçao dos phones. Trabalho com cartoes de créditos (que foi por si só foi um sapo dificil de engolir, se me permitem a expressao) e pensei ingenuamente que poderia ajudar todas aquelas pessoas a nao entrarem no terrivel remoinho que é um crédito, explicando como devem gerir da melhor forma a sua conta. Que ingénua...

Fui-me apercebendo com o tempo que as pessoas nao querem ser "salvas" e que, além disso, têm a tendência de quanto mais ignorantes mais arrogantes. E a paciência vai-se esgotanto, até para aqueles que sao simpáticos e humildes, até esses...

"Indique-me por favor o número do seu cartao", peço. "Todo?!", perguntam. "Nao só metade, consultarei a minha bola de cristal para saber o resto", penso.

"Indique-me a sua data de nascimento". "1968"."Desde quanto a data de nascimento é apenas o ano?!? Indique-me a cor dos seus olhos que com isso e o ano será fácil identificá-lo no registo do hospital onde nasceu"

"Recebi aqui uma carta que me diz que tenho de pagar". "Usou o cartao?", pergunto. "Sim, mas a mim disseram-me que nao tinha que pagar nada", responde. "Efectivamente este seu cartao é grátis, nao tem anuidade nem nenhum tipo de encargos, mas se usa o dinheiro do cartao depois tem de o devolver", aclaro. "Desculpe lá (tom mais forte) mas a mim disseram-me que eu nao tinha que pagar n-a-d-a". "Minha senhora, encargos nao tem nenhuns, mas se usa o cartao depois tem de devolver o dinheiro que usou". (...10 minutos depois...) "A senhora nao me está a ouvir (gritando) eu n-a-o v-o-u pagar n-a-d-a porque disseram que eu nao tinha de pagar quando fiz o cartao". "Como já lhe expliquei, é um cartao que nao tem custos, mas se usa o cartao depois tem de o devolver, pagá-lo de volta. A ver se a senhora entende, este banco nao lhe ofereceu, só porque sim, um cartao com 1500€ para que a senhora gaste. O banco n-a-o l-h-e o-f-e-r-e-c-e-u este dinheiro. É um dinheiro que está a crédito, a senhora usa e depois d-e-v-o-l-v-e no mês seguinte, todo ou em parcelas." Acabou por cancelar o cartao. Nem sabe o bem que fez...

"Olhe, quero actualizar o meu cartao porque acho que ele está inibido", pedem e eu penso: "Ora aqui temos mais um cartao envergonhado, um pouco de terapia e já o poderemos a-c-t-i-v-a-r".

Antes, tinha muita paciência, depois invadiu-me uma onda de intolerancia, agora rio-me... rio-me muito. E isso nao é nada bom. Sinto que estou a perder a minha humanidade. Mas como para cada mal há um remédio... tenho que mudar de trabalho.

Crime ambiental está a ser publicitado

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A associação, dita ambientalista, Outrém de Castelo Branco prepara-se para deitar centenas de garrafas de plástico aos rios da região. Dentro das garrafas estaram presentes mensagens ecológicas sobre o concelho de Castelo Branco.

Sinceramente, esta acção não deveria partir de uma associação deste teor, antes de uma associação de marketeers. Penso que é de avisar as autoridades que velam pelo ambiente no sentido de aplicarem coimas a quem seja visto a lançar garrafas de plástico no curso dos rios. Eu pela minha parte vou avisar a Brigada do Ambiente da GNR.

É só protagonismo o que esta gente quer, e quando falta a imaginação....Dá nisto.

Mais um mamarracho na zona histórica albicastrense


E no sítio onde outrora estava um jardim romântico, sítuado entre a Rua Nova e a Rua do Cavaleiro, eis que surgue mais uma nóvel obra de betão para glória do seu mentor. Que se saiba não apareceu nada durante as enormes escavações, em plena zona medieval, nem um prego, nem uma moeda nem uma pedra trabalhada. A obra não pode ser atrasada. A cidade irá decerto desenvolver-se com obras de fachada deste teor. Caramba, não haverá tanto sítio para construir garagens subterrâneas? Como já me venho queixando, não se pode ser jardim ou espaço verde em Castelo Branco, qualquer dia marcha o Jardim do Paço, onde alguns atentados vão sendo perpretados. Todas estas obras com o olhar paternal e cumplice do IPPAR albicastrense, que nada faz, nada vigia, nada actua, somente existe para justificar alguns ordenados aos ilustres funcionários do seu quadro.

A foto abifei-a ao Stalker

Lagar de varas em Idanha-a-Velha

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Mesmo ao lado da Sé encontra-se um lagar de azeite, ainda que não seja muito antigo (não chega a ter 100 anos) está muito bem restaurado e possui caracteristicas de lagares mais antigos. Nas iniciativas de revitalização das aldeias históricas este restauro deve ter sido das melhores acções que foram levadas a efeito. É muito agradável a visita ao mesmo, pena que não possua qualquer material didactico acerca do seu funcionamento. O material didactico que está disponivel é sobre o restauro. O visitante também se admira de este monumento estar de portas abertas e não haja ninguém para explicar ou somente para evitar algum desmando ou vandalismo, que felizmente ainda não aconteceu. Pena que o projecto não fosse acabado. Uma vez mais mais uma obra por acabar. Já era tempo de acabarem algo.

Contrabaixo Solitario 1 de 4

Contrabaixo Solitario 2

Contrabaixo Solitario 3

Contrabaixo Solitario 4



Que dizer... O Lino desafiou a malta...
O Almirante nem estava lá. Podia ter simplesmente virado a bombordo, evitado o trabalho e a pestana queimada, o convite fora endereçado apenas ao Pepedelrey (www.lifeofpepe.blogspot.com) e ao Lacas (www.lifeoflacas.blogspot.com), mas não, o Almirante tinha que ir de chofre... com ajuda da Timoneira Tininha não há que falhar.

Saudações naútilas

Peter Bunny

I'm sitting here, listening to Tori Amos and Pete is lying underneath my desk, leaning up against a box, flopped so that his hindquarters disappear into the shadows. Every now and again, his ears twitch and his head nods, and he wakes up a little, but then the next moment his nose sinks down onto his dewlap and he tilts towards the box again.

I wish I had a camera to hand, but it's on my desk and I don't want to disturb him, he looks so peaceful and relaxed.

Thoughts

I want...
to
wake up next to someone
to be picked up
and not fall over backwards
to be giddy drunk on red wine
and talking silly
because I want to make you laugh
and because I'm drunk.

I want my dog
And to be able to name him.
I want someone to cook for
Because cooking is more fun when someone else eats it too
I want my Eddings books back
As my shelves are lacking in my favourite books
And I haven't read them in over a year
Is it possible to have withdrawal symptoms from not reading your favourite author?

I want my bunny back
To hear her flop over the stairs
Tell her off for jumping on my bed
Or the back of the sofa.
To lie nose-to-nose on the floor
Talking while she licks my head
Tell her she's everything to me, the thing that keeps me sane
And that my hair is not edible
Stroke her ears again.

I want toe-curlingly good sex
The sort that makes me laugh because I ache
And cry because I'm deliriously exhausted
And afterwards, I want to fall asleep
In a tangle of limbs and hands and bodies
And steal the duvet
Or wake up because he has.

I want breakfast in bed.
Or even just a good cup of tea.

I want to pass this year
Without a hitch
Or a breakdown
And yet not let go of my friends now I can't sit next to them anymore
I want to stay awake in lectures
Or at least not snore my way through proteins
I want to understand
See the point of it all
And get the answers first time instead of the eighth and not be laughed at for not understanding

I want the willpower to actually read all the pages I'm supposed to
Instead of falling asleep on the sofa
Clutching Heyer instead of Alberts.

I want a day without a headache
Without stress
Without wondering if the damn prozac makes a difference
Or wondering if I'd flip without it
Or if I'm going slightly mad.

I want someone who'll accept
That I'm depressed
It's a part of who I am
I want to accept that myself.
But I want someone who won't care.
Or will.
And who'll let me cry for no reason other than a sad song
Without trying to cheer me up.

I don't know what I want.

Pela libertação dos sequestrados na Colombia













Já lá vão alguns anos que a candidata à presidencia da Colombia Ingrid Bettencourt foi raptada pelas FARC. Para grande espanto de todos essas mesmas FARC foram convidadas pelo PCP para estarem presentes na festa do Avante em Portugal. Esta situação criou mal estar em muitos presentes e actualmente está a decorrer uma campanha promovida pelos Blogs portugueses no sentido de exigir a libertação desta personagem, assim como de todos aqueles que se encontram sequestrados na Colombia.

Daquí neste meu cantinho do centro interior de Portugal, deixo o meu apelo e junto a minha às outras vozes.

Que recuperem depressa a liberdade.

On Being Ill

My head is pounding. Pounding, throbbing, bursting, pounding. Little men have squashed cotton wool in place of the menisici between my brain and skull and it’s too tight. The granny trolley being wheeled down the street outside might as well be gunfire, it seems so loud. My teeth seem to rattle in my mouth and the vice around my skull tightens another notch and I can hear the blood pounding through my veins and arteries.

My throat tightens. A wave of nausea rises up my oesophagus and stops before it reaches my throat, and my empty stomach contracts and relaxes. I take a deep breath. The next wave comes, so quick as to be a spasm, wrenching me forward and despite this I know I will not be sick. I try to breathe, too shallow and my breathing rate increases. I heave again over the still-empty bowl on my knees. Suck air into my lungs. Heave and suck, heave, heave, suck, heave, suck desperately as spots begin to appear before my eyes. Finally, I vomit, and can breathe a little easier before the next wave comes.

I’ve been vomiting for what seems like a lifetime. There is nothing to vomit. There was nothing to begin with, now I am vomiting bile. It burns my throat, already raw, burns my oesophagous, exhausted from constant movement. The pain in my stomach is worse, breathing is obscured by pain and I can barely think. I am hyperventilating, aware of this but unable to stop myself, unable to talk, to vocalise the pain that twists my intestines and knots my body.

Morphine flows into my vein through the needle in my arm. It stings, everything stings. The light. Movement. The texture of the hospital gown and the gentle touch of the nurse. Morphine acts quickly. I am aware of another drug, to stop the nausea, but dimly. I pass my glasses to my mother, who hovers anxiously. I cannot see and I drift in and out of awareness now I no longer have pain to pin me to consciousness.

I am being hooked up to a drip. The nurse tells me its saline and I nod, not really understanding. I drift back to sleep. My head twinges, ever so slightly, and though to remind me that it is only the drugs between me and the pain. I’m awake. The drip is two-thirds empty and my head is starting to hurt.

The drip is gone. I am wobbly, spaceially aware but unable to do anything about it as I reel slightly. I am home. More painkillers and more tablets to stop the nausea. I sleep, curled in bed and glad of the pillows and the duvet. I wake regularly, and in the early hours I take more pills.

The pain. It’s back. Pounding pain as the vice around my skull is tightened. Knots in my stomach tighten and undo despite the painkillers and it is all I can do to lie there, hoping not to go to hospital.

País Cátaro: uma escapadinha desde Barcelona II

Montsegur.

Em 1233, o papa Gregorio IX implantou a Inquisiçao para erradicar por completo a heresia cátara. En 1244, uma revolta alentada pelo conde Ramón VII agitou a regiao uma vez mais, mas o exército real pôs-lhe fim com o assédio do castelo de Montsegur, onde se havia reagrupado a igreja cátara clandestina. Os 10 meses de assédio concluiram com 215 herejes na fogueira. Dizem que antes do fatidico acontecimento alguem conseguiu fazer sair do castelo um tesouro... livros?! jóias?!

De aí dirigimo-nos Rennes-le-Chateau para tentarmos vislumbrar alguns dos indicios do mistério que envolve esta vila.

(a entrada da igreja, Maria Madalena e a inscriçao "terribilis est locus iste", relacionada com uma passagem bíblica)

Nao vou estender-me sobre este tema: sabemos que os templários (que também andaram por esta zona) tinham um tesouro, os cátaros também. Pois, Rennes-le-Chateau, esta pacatada vila, também tinha um. A isto junta-se o Santo Grial e temos todos os ingredientes para uma bela história de mistério.



(em cima: pilao de agua benta carregado pelo demónio Asmodeo, guardiao dos segredos, em cima 4 anjos; em baixo: imagem de Maria Madalena no altar principal da Igreja)

Tudo começou quando o Padre Saunière foi destacado para esta vila cuja igreja estava em ruínas. Ao encontrar uns supostos documentos iniciou uma reforma à igreja com elementos algo perturbadores, construiu uma mansao para ele, a Villa Bethania, e, esta pequena e recôndida vila, passou a ser visitada por notáveis visitantes de todo o país. Onde foi buscar tanto dinheiro? Que descubriu? Pois nao sabemos e sao bastantes os historiadores que "sobrevoam" a vila, alguns de picaretas na mao. Fala-se do Santo Grial => Sangre Real, toda uma descendencia de Jesus fruto da sua uniao com Maria Madalena; fala-se do quadro de Poussin "Os Pastores de Arcádia", que tem relaçao com uma tumba encontrada em Arques, perto de Rennes; e fala-se duma estela funerária da Marquesa de Hautpoul de Blanchefort. Certezas?!? Nenhumas, acho.

Ps.- Dah-nawm, eu sei que tinha prometido fazermos esta viagem... nao te preocupes. Já repetiremos o percurso e com certeza encontremos muitos mais pormenores juntas. :)

(foto da Torre Magdala, um dos elementos da magnifica casa que construiu Saunière ao lado da igreja)

Ligas de Amigos

Com amigalhaços destes, mais vale ter inimigos.

País Cátaro: uma escapadinha desde Barcelona I

Em Junho, e aproveitando que Barcelona se encontra tao perto da fronteira de França, decidimos fazer um mini-percurso pelo chamado País Cátaro, no sul de França (mais info sobre o catarismo aqui ou aqui.)



Começámos por CARCASSONNE, cuja zona fortificada é considerada património mundial da UNESCO.

Na sua origem foi uma cidade romana, mas por ali passaram bárbaros, visigodos e muçulmanos, sendo palco de inumeras guerras de poder durante a Idade Média, nomeadamente quando no século XII o catarismo se implantou pela regiao.

De aí, fomos a MINERVE.

O nome inspirou-me bastante e a imaginaçao voou (mas a verdade é que nada indica historiamente que a deusa Minerva tivesse necessariamente um templo nessa zona... :P).

O que sabemos com segurança é que foi refugio de cátaros e cenário de um massacre.

E, falando em massacre... Nao podiamos deixar de ir a Montsegur. Fica para o próximo post.



Filatelia arqueológica


Este era um tema muito querido do Marcos Osório do extinto Blog Arqueoblogo, que tantas saudades deixou. Aproveito a ocasião para dedicar este humilde post a esse meu tão Amigo Virtual, que tem andado desaparecido desde há uns tempos a esta parte.

Dia 22 de Junho de 2006 os CTT lançaram uma emissão filatélica dedicada à presença romana em Portugal. Os selos foram desenhados por José Brandão e Paulo Falardo. Da colecção constam 5 selos com motivos da romanização em território português: Mosaico do Hipocampo do Museu Nacional de Arqueologia e proveniente de S. Sebastião do Freixo (Leiria); Mosaico do Oceano de Faro; Templo de Diana (ninguém põe cobro a este mito) de Évora; Pátera da Lameira Larga do Museu Nacional de Arqueologia e proveniente da Aldeia do Bispo, concelho de Penamacor e por fim Herma bifonte do Museu Nacional de Arqueologia.

De notar a boa qualidade e bom gosto na escolha dos motivos e ao mesmo tempo notar com alguma estranheza que o pessoal dos CTT se esqueceram de Conimbriga (ainda bem). De realçar uma peça da minha região, a pátera da Lameira Larga, objecto esse componente de um tesouro descoberto nos principios do século XX na Aldeia do Bispo.

Coisas de bibliotecas

Ontem fui à biblioteca... Algo que nao fazia muito em Portugal ( a menos que necessitasse consultar aquele livro caríííssimo que havia visto no outro dia na livraria ou alguma publicaçao especifica que só encontras numa estante de biblioteca).

A verdade é que tenho prazer em comprar livros... a busca... o frio no estomago quando encontras o livro que desejavas... pagar o livro e sair com ele dentro do saco de plástico para que assim que poes o pé fora da loja o possas sacar outra vez e folheá-lo... ler aos pouquinhos até chegar a casa - andando, no metro, no eléctrico, no café enquanto esperas alguém... devorar parte na primeira noite... encontrar todos os momentos que possas no dia seguinte, entre tarefas domésticas e trabalho, para terminar de o ler... depositá-lo, bem amachucadinho e com as pontas dobradas, na tua estante, junto com os outros teus livros, igualmente amachucados porque lidos, com aquele orgulho incontrolável de quem terminou uma leitura.

A coisa é bem diferente se depois o tens de devolver à biblioteca. Ou nao? ;P

Bom, sobre a biblioteca. Aqui as bibliotecas têm de tudo e tens um mês para devolver. Comecei a repensar o tema de comprar livros desde que vivo em Barcelona... Nao só ando com a casa e os gatos às costas, esporadicamente mudando de casa, como se para além disso tenho de levar toda uma biblioteca pessoal... Voilá! Percebem o que quero dizer?

Entao resolvi fazer uma seleçao: compro livros relacionados com o estudo, requisito na biblioteca o resto, a saber, poesia, novelas, guias de viagem, etc, etc.

Entao... (como estou tagarela hoje... :s) biblioteca. Fui ontem à biblioteca buscar um guia de viagem da Escócia (se tudo correr bem vou passar uma semaninha em Outubro pelas Highlands) e encontrei algo muito curioso: Alberto Caeiro em catalao.

Crec en el Món com en una margarida,
perquè el veig. Però no hi penso,
perquè pensar és no comprendre...

El Món no ha estat fet per pensar-hi
(pensar és estar malalt dels ulls),
sinó per, en mirant-lo, acordar-m’hi...

Reconhecem este? ;P
Nao, nao, este idioma esquisito nao é dum país desconhecido onde Judas perdeu as botas (botas?! os ditos populares permanecem um mistério). Para os mais distraidos, catalao é o que se fala na Catalunha, regiao onde se encontra Barcelona.

Contrabaixo Solitario



Um estudo para uma bd, desafio de Geraldes Lino sobordinada ao tema Jazz. Já escrevi a estória, tive que me conter para não a postar com este desenho...
Fica desde já prometido que a postarei assim que esteja terminada.

Abraços navegantes

P.S: Sim, é uma toalha de restaurante...

In Pepe's Land



Abraços normais